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Intelectual Inovações Agricultura

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Propriedade <strong>Intelectual</strong> e <strong>Inovações</strong> na <strong>Agricultura</strong><br />

Para Castro e Fonseca (1991), este modelo de inovação dá lugar a duas formas de aprendizado:<br />

1) entre as atividades de P&D e as etapas de fabricação (que pode resultar em economias de<br />

custo); e 2) entre a atividade de P&D e as atividades agrícolas – em que o trator tem o desempenho<br />

avaliado pelos usuários (que pode incentivar e acelerar a diferenciação de produtos).<br />

Com relação à capacidade de inovação das indústrias de máquinas agrícolas, Lucente e<br />

Nantes (2008) fazem uma análise dos resultados da Pesquisa de Inovação do Instituto Brasileiro<br />

de Geografia e Estatística (Pintec/IBGE) nos anos de 2000, 2003 e 2005, e revelam algumas<br />

características da dinâmica de inovação no setor.<br />

Segundo esta pesquisa, as empresas implementaram, em maior ou menor intensidade, algum<br />

tipo de inovação no período 1998 a 2005. As inovações em produtos e em processos foram<br />

equivalentes, em número. Ademais, observa-se que a maioria das inovações em produtos foram<br />

caracterizadas como inovações apenas para a empresa e não para o mercado.<br />

No entanto, é necessário ressaltar a grande diferença que existe nas atividades de P&D e nas<br />

taxas de inovação entre as grandes empresas transnacionais e as empresas nacionais de menor porte.<br />

As firmas transnacionais possuem centros mundiais de pesquisa que geram a tecnologia aplicada<br />

nas suas diversas fábricas (em cada fábrica, realizam-se as adaptações das tecnologias básicas para<br />

o nível local). Essas firmas investem percentuais relevantes de seus faturamentos em permanente<br />

atualização tecnológica, o que lhes confere evidentes vantagens competitivas (SPAT, 2010). Como<br />

exemplo pode-se citar o dado apresentado por Vian (2009), que identificou o investimento de<br />

cerca de US$ 800 milhões em P&D, pela empresa John Deere, em 2009.<br />

O processo formal de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos na indústria de máquinas<br />

agrícolas, apresentado por Schaedler (2003), compreende as seguintes etapas (Figura 2):<br />

• Definição de objetivos<br />

A etapa de definição de objetivos envolve o levantamento de informações sobre experiências<br />

anteriores de desenvolvimento de produtos similares. Estes registros servirão como base para<br />

prevenir a ocorrência de problemas outrora enfrentados e pensar, previamente, soluções caso eles,<br />

ainda assim, aconteçam, no processo de desenvolvimento. Isto permite à equipe de engenharia<br />

estabelecer objetivos realistas para o novo produto a ser desenvolvido.<br />

• Conceito<br />

Nesta fase os engenheiros de projeto definem o conceito do produto, que resulta de pesquisas<br />

e de atividades de desenvolvimento, realizadas pela área de marketing, relativas à necessidade<br />

de fabricação de novos produtos. Isso leva em consideração se o novo produto encontrará um<br />

mercado que pague um lucro atraente para o fabricante.<br />

• Projeto preliminar<br />

Esta fase compreende a preparação dos desenhos do novo projeto, bem como de suas especificações,<br />

escolha de peças etc.<br />

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