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Intelectual Inovações Agricultura

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Propriedade intelectual e inovações na agricultura: debates inconclusivos...<br />

entrada de competidores diretos” (p. 322) é apenas um dos caminhos adotados pelas empresas,<br />

que também mobilizam ativos complementares, adotam segredos e exploram “as vantagens de<br />

quem se move à frente” (p.322). Concluem que:<br />

“a integração dos mecanismos econômicos e legais de apropriação tecnológica de ABTs representa<br />

eficiente estratégia de mercado, incluindo-se as de ganho de valor das empresas, potencializando<br />

uma permanência mais longa das empresas estabelecidas nos mercados.”<br />

Os autores também analisam<br />

“o papel competitivo das chamadas tecnologias estruturantes ou capacitadoras (ou, ainda, enabling<br />

technologies), ferramentas de P&D agrobiotecnológicas fundadoras da trajetória inovativa em<br />

questão, e que representam um mecanismo altamente eficiente de apropriação tecnológica, pois,<br />

sem elas, nenhuma tecnologia poderia ser desenvolvida.”<br />

Ou seja, são tecnologias/estratégias que vão se colocando ao lado e além dos tradicionais<br />

direitos de propriedade, e se integram com estratégias robustas de concorrência e de reserva de<br />

mercado. Os autores pontuam que “o estudo permite justificar os motivos do crescimento da<br />

atividade de patenteamento a despeito de seus efeitos negativos sobre a sociedade”.<br />

Finalmente, no capítulo 14, Sergio Paulino Carvalho, Marina Jorge, Vivian Barcelos, Felipe<br />

Lopes e Vera Lúcia Pinheiro, todos técnicos do Instituto Nacional de Propriedade Industrial<br />

(INPI), apresentam um panorama do uso da propriedade industrial no Brasil, com a evolução<br />

os registros de patentes, marcas, desenhos industriais, programas de computadores e contratos<br />

de transferência de tecnologia, a partir de um grande esforço conjunto entre o INPI e a OMPI<br />

para construir uma base de dados abrangente sobre o uso de PI no Brasil. A partir de análises dos<br />

dados ali computados, permite-se reafirmar a ideia que<br />

“... a propriedade intelectual afeta de forma diferenciada firmas, indústrias e setores ... Estudos<br />

empíricos centrados em setores econômicos e campos tecnológicos mostram essas diferenças,<br />

especialmente quando incorporam as distintas dimensões das diferentes formas de proteção da<br />

propriedade industrial (patentes, marcas, desenhos industriais, indicações geográficas, direitos<br />

de autor – ou de cópia, e sui generis)”.<br />

Faz-se, portanto, aqui, o convite para a leitura de um material que explora todas essas facetas<br />

da propriedade intelectual e da inovação, com o intuito de atualizar o debate e promover uma<br />

reflexão que semeiem os frutos para um novo horizonte da agricultura no país.<br />

Este trabalho, como já colocado acima, é resultado das atividades do Instituto Nacional de<br />

Ciência e Tecnologia em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento (INCT/PPED), em<br />

particular da linha de Pesquisa 2, sobre Políticas Públicas, Instituições e Dinâmica Tecnológica do<br />

Agronegócio, coordenada pela Professora Ana Célia Castro. O papel da PI, incluindo as estratégias<br />

alternativas de PI no processo de inovação, foi tema central do estudo dos pesquisadores diretamente<br />

vinculados ao INCT/PPED e das redes de pesquisa nas quais os mesmos estão inseridos.<br />

Antônio Márcio Buainain<br />

Maria Beatriz Machado Bonacelli<br />

Cássia Isabel Costa Mendes<br />

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