Intelectual Inovações Agricultura
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Propriedade <strong>Intelectual</strong> e <strong>Inovações</strong> na <strong>Agricultura</strong><br />
Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) em metrologia contribuem para exemplificar<br />
nossa experiência em lidar com a inovação em terras brasileiras, para avaliar nossa competitividade<br />
e antever o desafio do quanto ainda teremos que fazer como país, vislumbrando nossos pontos<br />
fortes e fracos.<br />
No meio rural brasileiro, uma nova agricultura foi criada, a dos trópicos, com base no<br />
conhecimento dos biomas. A transformação dos cerrados em celeiro agrícola, a criação de novas<br />
raças, cultivares, máquinas e implementos, biocombustíveis e sistemas de produção são exemplos<br />
concretos de inovação endógena. Constatamos, portanto, que inovar é preciso e que inovação se<br />
faz com a indústria, com o setor produtivo. É recomendável criarmos uma cultura motivadora<br />
da inovação, para além da ciência etecnologia, sem abandonar o que está dando certo, para que o<br />
país enfrente os desafios, existentes para vencer o gap da inovação. E o parâmetro de observação<br />
deve ser não só o esforço que estamos fazendo, mas, principalmente, o esforço que os outros<br />
países, nossos competidores, estão fazendo e os resultados que estão obtendo. Uma providência óbvia<br />
e imediata, decorrente dessa constatação, seria criar um observatório da inovação para comparar<br />
– com a constância devida – nossa situação com a dos demais países, tendo assim uma base de<br />
quanto competitivos ou não somos na arena internacional.<br />
A competitividade de uma empresa/país tem relação com as suas características e com as<br />
capacitações e competências adquiridas ao longo do tempo. Tais capacitações e competências<br />
englobam um conjunto de elementos que permitem fazer uso de recursos próprios de forma criativa<br />
e otimizada. Rama (1994) menciona a diminuição da importância de vantagens competitivas<br />
específicas de localização em relação às obtidas por meio de propriedade de ativos completa ou<br />
parcialmente intangíveis. Os estímulos às capacidades de aprender e de inovar passaram a integrar<br />
medidas públicas e privadas para a obtenção de vantagem competitiva pela geração e pela<br />
absorção de inovações, bem como pela acumulação de capacidades tecnológicas. A capacidade<br />
tecnológica, definida como um conjunto de esforços, de habilidades (operativas, organizacionais<br />
e relacionais) e de conhecimentos ancorados num constante fluxo de aprendizagem necessário<br />
para absorção, uso, adaptação, desenvolvimento e transferência de tecnologias, tem importante<br />
papel na obtenção da eficiência e eficácia do processo produtivo e no grau de inovatividade de<br />
uma empresa (DE MORI, 2011).<br />
Não é demais ressaltar que, na sociedade do conhecimento: a) as competências e talentos<br />
são os principais ativos das organizações; e b) o conhecimento público, privado e tradicional é<br />
tratado como bem intangível. Isto remete a novos problemas e, potencialmente,a soluções, se<br />
soubermos encontrar e tomar as melhores decisões. Por exemplo, para um país como o Brasil, que<br />
tem na agricultura sua principal atividade econômica, é obvia a necessidade de formular processos<br />
de inteligência nas tomadas de decisão. Portanto, gerar dados adequados e confiáveis, tratá-los,<br />
analisá-los, validá-los, simular cenários, estabelecer diretrizes e avaliar impactos são partes de um<br />
mesmo todo, quando buscamos tomar decisões apoiadas em bases quantitativas e científicas,tanto<br />
para elaborar e guiar políticas públicas como para desenvolver atividades da iniciativa privada.<br />
Criar e operar ferramentas de inovação como foresight (antecipação de futuros possíveis), think<br />
tanks e observatórios de inovação, como os Laboratórios Virtuais da Embrapa no Exterior (Labex),<br />
é essencial para a construção da inteligência competitiva e estratégica da nação, das corporações<br />
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