Intelectual Inovações Agricultura
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O sistema de inovação agrícola<br />
rentes áreas geográficas e campos do conhecimento científico. O SNPA deve assegurar constante<br />
organização e coordenação das instituições que compõem o sistema, favorecer o desenvolvimento<br />
de um sistema nacional de planejamento para pesquisa, proporcionar a execução conjunta de<br />
projetos de pesquisa de interesse, e até coordenar o esforço de pesquisa para atendimento às<br />
demandas de regiões, estados e municípios (EMBRAPA, 2015b).<br />
De lá para cá, em virtude do forte endividamento dos governos estaduais e da ideia de que<br />
caberia à Embrapa o desenvolvimento da pesquisa agropecuária, muitos governos estaduais reduziram<br />
substancialmente o apoio à pesquisa agropecuária e também às atividades de assistência<br />
técnica e de extensão rural. Conforme demonstrado no Quadro 1, alguns estados atualmente não<br />
possuem Oepas (Ceará, Piauí, Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e o Distrito<br />
Federal) e em outros estados as atividades de pesquisa agropecuária, assistência técnica e extensão<br />
rural são realizadas em uma única instituição (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Alagoas,<br />
Bahia, Maranhão, Pernambuco, Sergipe, Espírito Santo e Santa Catarina).<br />
São Paulo é um dos estados brasileiros com maior tradição na pesquisa agropecuária. Como<br />
visto anteriormente, o IAC foi o primeiro instituto estadual de pesquisa agropecuária no Brasil,<br />
fundado em 1887. Em 1901, foi criada a Esalq, que por muitos anos foi a única escola com<br />
programa de pesquisa significativo. Outras importantes iniciativas na pesquisa agropecuária em<br />
São Paulo são o Instituto Biológico (IB), de 1927, e a criação, a partir dos anos 1960, de outros<br />
institutos dedicados ao tema da agropecuária e alimento: Instituto de Pesca (IP), Instituto de<br />
Economia Agrícola (IEA), Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) e Instituto de Zootecnia<br />
(IZ) (BEINTEMA, ÁVILA & PARDEY, 2001). Em 2001, o governo paulista modificou a<br />
inserção institucional desses seis institutos de pesquisa agropecuária e de alimentos com a criação<br />
da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), ligada à Secretaria de <strong>Agricultura</strong><br />
e Abastecimento do Estado de São Paulo, que tem por objetivo incentivar ações conjuntas<br />
dos institutos de pesquisa – entre eles e com outras instituições de interesse (SALLES-FILHO<br />
et al., 2011).<br />
Também como exposto no Quadro 1, além dos institutos que compõem a Apta, São Paulo<br />
se destaca pelo número de unidades descentralizadas da Embrapa. São cinco unidades de pesquisa<br />
(Embrapa Informática Agropecuária, Embrapa Instrumentação, Embrapa Meio Ambiente,<br />
Embrapa Monitoramento por Satélite e Embrapa Pecuária Sudeste) e uma unidade de serviço<br />
(Embrapa Gestão Territorial) no estado. Somente o Distrito Federal possui mais unidades da<br />
Embrapa, sendo quatro de pesquisa (Embrapa Agroenergia, Embrapa Cerrados, Embrapa<br />
Hortaliças, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia) e quatro de serviços (Embrapa Café,<br />
Embrapa Informação Tecnológica, Embrapa Produtos e Mercado, Embrapa Quarentena Vegetal),<br />
além das 17 unidades centrais (administrativas) que dão suporte à sua diretoria administrativa.<br />
Por outro lado, alguns estados não possuem unidades da Embrapa, como Rio Grande do Norte,<br />
Alagoas e Espírito Santo.<br />
Diversos estudos destacaram o processo de reestruturação das Oepas (ALBUQUERQUE &<br />
SALLES-FILHO, 1998; CGEE, 2006; FUCK & BONACELLI, 2007). O processo segue em<br />
curso e algumas delas têm suas iniciativas de pesquisa diluídas por se dedicarem a outras atividades<br />
(atividades de assistência técnica e extensão rural, de capacitação de agentes de desenvolvimento<br />
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