22.06.2016 Views

Intelectual Inovações Agricultura

576aa1524c708_PI_e_Inovacoes_na_Agricultura_web

576aa1524c708_PI_e_Inovacoes_na_Agricultura_web

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Propriedade <strong>Intelectual</strong> e <strong>Inovações</strong> na <strong>Agricultura</strong><br />

não foram adiante. Novos arranjos nacionais e internacionais, em áreas estratégicas do desenvolvimento<br />

nacional, envolvendo institutos de ciência e tecnologia (ICTs) e empresas privadas também<br />

ainda não se materializaram. Também devemos ressaltar que a legislação trabalhista que governa<br />

as ICTs é totalmente anacrônica e inadequada à pesquisa. A burocracia é outro forte entrave<br />

que aumenta o custo operacional e o tempo de conclusão dos projetos de pesquisa.<br />

Embora o país tenha ampliado o registro de patentes, a quantidade de registros é baixa e<br />

inferior à dos chineses e indianos, por exemplo. De acordo com o Relatório da Uspto (2015),<br />

no período de 2001-2005 o país teve 104 patentes concedidas/ano. Este número dobrou no<br />

período 2010-2014, passando a 235 patentes/ano. Em 2014, foram concedidas 334 patentes<br />

ao Brasil, segundo a Uspto. Estes números estão longe dos de países como a China e a Índia,<br />

que, no período de 2010-2014, tiveram concedidas uma média de 4.726 e 1.887 patentes/ano,<br />

respectivamente. A fomentação de uma cultura de negócios com base em registros de patentes;<br />

a agilidade no processo de análise de patentes; a construção de mecanismos sólidos de auxílio à<br />

transferência de tecnologias, no âmbito nacional ou internacional; a dinamização de instrumentos<br />

de incentivo a pesquisadores-inovadores; a qualificação de recursos humanos para dar suporte<br />

aos processos de depósito (nacionais e internacionais) de patentes; a valoração de tecnologias e a<br />

difusão das inovações são aspectos essenciais a serem priorizados. Para ampliar a materialização de<br />

inovações patenteadas de conhecimento avançado, os mecanismos de transferência das tecnologias<br />

pelo licenciamento de suas patentes precisa ser mais bem discutido, buscando a intensificação<br />

da criação de start-up com atuação externa ou criação de agências de atuação internacional para<br />

divulgação e apoio a negociações. Alguns países, como a Coreia do Sul, possuem organismos<br />

facilitadores de registros e de transferências de inovações de âmbito nacional e internacional.<br />

É evidente e urgente a necessidade de inovação institucional do Estado brasileiro, que<br />

redunde em estruturas mais ágeis e flexíveis, jurídica e comercialmente, voltadas para parcerias<br />

público-privadas em inovação e gestão para negócios. Buscar uma melhor regulamentação/desregulamentação<br />

da Lei de Inovação e outros marcos legais é um caminho (CRESTANA, 2014).<br />

E, consequentemente, com uma maior inserção das ICTs e outros arranjos institucionais públicos<br />

no setor produtivo, organizando parcerias estratégicas, nacionais e internacionais, de grande<br />

impacto comercial eaproveitando oportunidades junto aos países desenvolvidos, mas também<br />

àqueles em desenvolvimento, em especial os Brics e outros países da América Latina, África e<br />

Ásia. Uma das metas seria gerar empresas spin-offs e, possivelmente, spin-outs, start-ups e parques<br />

tecnológicos, implementando parcerias para o desenvolvimento e/ou como beneficiárias de<br />

processos de transferência de tecnologia, inovação e conhecimento.<br />

O investimento em ciência, tecnologia e inovação (CT&I)<br />

Embora grande esforço tenha sido feito pelos últimos governos, no sentido de alavancar o<br />

desenvolvimento, via investimento, o país ainda não conseguiu encontrar os caminhos que levem<br />

a um crescimento consistente e competitivo com outros países, alguns com investimentos maiores<br />

do que 30% do produto interno bruto (PIB). Estamos estagnados, com dificuldades em superar<br />

a barreira de alocação de 18% do PIB em investimento, quando seria razoável que, conforme<br />

76

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!