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Intelectual Inovações Agricultura

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Propriedade <strong>Intelectual</strong> e <strong>Inovações</strong> na <strong>Agricultura</strong><br />

na geração de divisas: o volume exportado de carne bovina registrou taxa anual de expansão de<br />

7% entre 2003 e 2013, alcançando, no fim da série, 1,5 milhão de toneladas e US$ 6,7 bilhões<br />

(MAPA, 2015). A taxa anual de aumento do valor exportado em US$ atingiu 17%, no mesmo<br />

período. Os principais destinos, em volume exportado em 2013, foram: Hong Kong (24%);<br />

Rússia (20%); Venezuela (10%); Egito (10%).<br />

Embora o Brasil detenha o maior rebanho mundial de bovinos, de um total de 1,5 bilhão<br />

de cabeças de gado, segundo dados da Faostat (2015), com 217 milhões de bois, seguido pela<br />

Índia (214 milhões), China (113 milhões) e EUA (89 milhões), o país não é o maior produtor<br />

de carne bovina. Em 2012, o Brasil ocupava a segunda posição na bovinocultura global, com 9,3<br />

milhões toneladas de carne produzidas, atrás do EUA, que, com uma produção de 11,8 milhões<br />

de toneladas, abrigavam um rebanho de menos da metade do rebanho brasileiro.<br />

Gráfico 11 – Evolução da participação relativa no rebanho bovino<br />

por grande região brasileira: 1990-2013<br />

Fonte: preparado pelos autores com base em IBGE (2015b).<br />

Cabe destacar que, tradicionalmente, a dinâmica na pecuária nacional também esteve fortemente<br />

associada à ocupação das fronteiras agrícolas, porém mais recentemente o crescimento<br />

da produção tem se intensificado, e a pecuária tem cedido áreas para as lavouras. Ainda assim, a<br />

pecuária mantém estreita relação com a ocupação da fronteira, ainda que em novas bases tecnológicas:<br />

a instalação das unidades de processamento que acompanham o avanço da soja e do milho,<br />

principais insumos usados na ração animal, favorece a intensificação da pecuária de corte em larga<br />

escala. As principais fronteiras da pecuária são o cerrado do Centro-Oeste e o Norte (Gráfico 12).<br />

Com a fronteira produtiva do setor localizada nas regiões Centro-Oeste e Norte do país,<br />

verifica-se que essa movimentação espacial é acompanhada pela instalação das unidades processadoras<br />

de carne – frigoríficos e abatedouros. Evidente que a ocupação da região Norte traz à tona<br />

a problemática ecológica, quando esta é realizada em áreas de desmatamento ilegal. Contudo,<br />

a região Norte abriga uma área que precisa ser recuperada, seja em termos ecológicos seja pela<br />

viabilização do uso das terras para geração de renda e emprego, e a bovinocultura de corte pode<br />

ser uma das alternativas, especialmente para abastecimento do mercado local.<br />

Apesar de sua importância, o setor enfrenta sérios desafios, tanto para a manutenção do<br />

volume exportado como para a própria expansão nos mercados externos, em razão das restrições<br />

sanitárias, ecológicas e sociais, além das não sanitárias, não ecológicas e não sociais, como<br />

proibições de importações e concessão de subsídios, em potenciais mercados externos. Cabe ressaltar<br />

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