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Intelectual Inovações Agricultura

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Uma solução inovadora no agronegócio<br />

desde a fundação do Consórcio, foi buscar uma solução para aliar a credibilidade do sistema de<br />

certificação a uma Marca Coletiva do grupo, e não simplesmente exibir a marca da certificadora.<br />

O uso da marca confere credibilidade aos produtos, junto aos consumidores, graças ao sistema<br />

de certificação externa, de responsabilidade da entidade certificadora, por isso não pode ser apropriado<br />

por terceiros. Para preservar o conceito e ajudar na identificação junto aos consumidores<br />

foi determinado que a rotulagem de produtos certificados deve ter identidade visual diferente de<br />

produtos não certificados (PEDRUCCI, 2014).<br />

A etiqueta contém outros diversos dados, tais como: produtor, tipo de espumante, data de<br />

tiragem, número do lote, quantidade de garrafas e número da garrafa. Baseia-se, ainda, em códigos<br />

de cores, que variam de acordo com as características da bebida (Figura 2). Os custos de elaboração<br />

e impressão de etiquetas com estas características não são baixos e, por isso, conforme reportado<br />

pelos entrevistados, foi um dos pontos críticos do projeto. Pelo mesmo motivo, a adoção do QR<br />

Code ainda está em discussão, pois existe a intenção de agregar esta forma rastreabilidade mais<br />

prática ao consumidor.<br />

O RAC/Regulamento de Utilização (CPEG, 2009) lista, com detalhes, as uvas permitidas<br />

para cada tipo de espumante, os procedimentos e as instalações consideradas adequadas à produção.<br />

O Regulamento define as partes envolvidas na certificação, quais sejam: a empresa vinícola produtora<br />

de espumantes naturais em Garibaldi, o próprio CPEG, a empresa certificadora e o laboratório.<br />

A vinícola integrante do CPEG, interessada na certificação de seu espumante, deve passar<br />

por uma auditoria inicial, a fim de ser avaliada a conformidade de suas instalações e métodos de<br />

produção às normas do Regulamento.<br />

O laboratório da Embrapa Uva e Vinho de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, é o<br />

responsável pela análise química das amostras de espumantes coletadas. A avaliação organoléptica,<br />

por sua vez, é conduzida por peritos em degustação aprovados pela Embrapa de Bento Gonçalves.<br />

O comitê de degustação é composto por no mínimo sete pessoas, sendo duas ligadas ao CPEG<br />

e as demais representantes do consumidor e instituições vinculadas à vitivinicultura, Os técnicos<br />

precisam avaliar a correspondência entre a amostra, o método utilizado (charmat, tradicional) e<br />

as variedades de uva (prosecco, moscatel), a fim de saber se as determinações do RAC estão sendo<br />

devidamente seguidas.<br />

O lançamento público da marca<br />

Após o depósito do pedido de marca no INPI, a movimentação em torno do projeto continuou<br />

entre os produtores. Porém, a publicação do registro da Marca Coletiva CPEG, em 23 de<br />

julho de 2013, na Revista da Propriedade Industrial (RPI) n. 2.220, foi apontada pela Secretária<br />

de Turismo e Cultura de Garibaldi como estímulo fundamental para o revigoramento do projeto<br />

(FÁVERO, 2014).<br />

É oportuno lembrar que a titularidade da Marca Coletiva é do próprio Consórcio. Todavia,<br />

os usuários da mesma são os produtores de espumantes de Garibaldi que forem associados ao<br />

Consórcio e estiverem com suas garrafas devidamente certificadas pela “certifica”. Essa diferença<br />

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