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Intelectual Inovações Agricultura

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Evolução recente da agricultura brasileira<br />

R$ 28,3 bilhões. As principais frutas, em termos de valor da produção, em 2013, são: tomate<br />

(18,5%); banana (18,1%); laranja (17%); uva (7,5%); abacaxi (6,6%). Entre 2001 e 2013 a produção<br />

de frutas avançou 15%, a de abacaxi, 16% e a de coco-da-baía, 36% 14 . No segmento de frutas, as<br />

regiões Sul, Norte e Nordeste aumentaram sua participação na área plantada (agricultura temporária)<br />

e na área destinada à colheita (agricultura permanente), entre 1990 e 2013 (Gráfico 12).<br />

Em 2013, as exportações do setor de frutas somaram US$ 878 milhões, com um volume<br />

exportado de 778 mil toneladas (MAPA, 2015). Os principais destinos, em valor das exportações,<br />

foram: Países Baixos, US$ 307 milhões; Reino Unido, US$ 136 milhões; EUA, US$ 118<br />

milhões; Espanha, US$ 73 milhões. As principais frutas vendidas no exterior, em valor exportado,<br />

foram: nozes e castanhas, 18,4%; mangas, 16,8%; castanha-de–caju, 15,3%; uvas, 11,7%. Embora<br />

o setor tenha um importante papel na economia rural, entre 2003 e 2013 o volume exportado<br />

apresentou uma taxa anual de variação de -1,21%, ou seja, uma redução, apesar de ter registrado<br />

um aumento, em valores correntes, em US$, de 5,98% ao ano.<br />

Entretanto, um melhor aproveitamento do potencial produtivo e social da fruticultura brasileira<br />

depende de avanços na organização dos sistemas produtivos do setor, na modernização dos<br />

processos, inclusive da comercialização, além de obtenção de incentivos para a agregação de valor<br />

aos produtos (BUAINAIN & BATALHA, 2007b) e para o enfrentamento dos desafios impostos<br />

pelas mudanças climáticas.<br />

Considerações finais<br />

Ainda que este trabalho apresente apenas uma visão geral sobre a evolução recente da agropecuária<br />

brasileira, é suficiente para colocar em tela, de forma inequívoca, a importância da inovação<br />

para explicar as transformações que impulsionaram a agricultura brasileira e elevaram o Brasil à<br />

condição de um dos principais produtores mundiais de alimentos e de matérias-primas de origem<br />

agropecuária. Sem desprezar a importância do conhecimento tradicional, do aperfeiçoamento<br />

feito pelos próprios produtores com base em sua vasta experiência acumulada, parece não haver<br />

dúvida de que a principal fonte do desenvolvimento do setor foram as inovações tecnológicas e<br />

organizacionais que sustentaram a revolução do agronegócio brasileiro e que resultaram, principalmente,<br />

de investimentos públicos e privados em P&D, realizados em um contexto no qual<br />

grande parte das tecnologias voltadas para a agricultura era tratada como bem público ou quase<br />

público, relegando a propriedade intelectual a um papel coadjuvante e até mesmo irrelevante.<br />

De um lado, a apropriação dos resultados do esforço inovador, por parte do setor privado, não<br />

dependia, na maioria dos casos, do regime de propriedade intelectual, mas sim da manipulação<br />

de mecanismos de mercado que asseguravam as vantagens do pioneirismo e a posição estratégica<br />

das empresas envolvidas. Mesmo no setor de máquinas, equipamentos e insumos químicos,<br />

nos quais o patenteamento de invenções sempre foi praticado, a propriedade intelectual (PI)<br />

desempenhava papel menor na dinâmica do mercado, muito mais influenciada por fatores como<br />

grau de concentração, rede de distribuição e assistência técnica, preços, marca etc. Neste sentido,<br />

14<br />

Antes de 2001, a quantidade produzida de vários frutos era medida em unidades produzidas.<br />

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