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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA ... - CFH - UFSC

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A pulsão, tal como é construída por<br />

Freud a partir da experiência do inconsciente,<br />

proíbe ao pensamento psicologizante esse<br />

recurso ao instinto com que ele mascara sua<br />

ignorância, através da suposição de uma<br />

moral na natureza.<br />

A pulsão – nunca é demais lembrá-lo<br />

à obstinação do psicólogo, que, em seu<br />

conjunto e per se, fica a serviço da exploração<br />

tecnocrática – a pulsão freudiana nada tem a<br />

ver com o instinto (nenhuma das expressões de<br />

Freud permite essa confusão).<br />

A libido não é o instinto sexual. Sua<br />

redução, em última instância, ao desejo viril,<br />

indicada por Freud, bastaria para nos advertir<br />

disso.<br />

A libido em Freud é uma energia<br />

passível de uma quantimetria tão mais fácil de<br />

introduzir na teoria quanto é inútil, já que nela<br />

só são reconhecidos alguns quanta de<br />

constância.<br />

Sua coloração sexual, tão<br />

formalmente afirmada por Freud como inscrita<br />

no que há de mais íntimo em sua natureza, é<br />

cor-de-vazio: suspensa na luz de uma hiância.<br />

(Lacan, Escritos, p. 865, 1998 [1964])

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