12.05.2013 Views

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA ... - CFH - UFSC

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA ... - CFH - UFSC

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA ... - CFH - UFSC

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

60<br />

Há aqui a sugestão de que não é necessariamente um dado da<br />

realidade que aparece nas situações de violência sexual, mas um<br />

componente Imaginário, entrelaçado ao Simbólico, que guia as ações,<br />

posturas ou reações ante a possibilidade da ocorrência deste crime: “este<br />

lenguaje estructura las acciones y las respuestas físicas tanto como las<br />

palabras y las formas, por ejemplo, los sentimientos de poderío del<br />

posible violador y nuestro generalizado sentimiento de parálisis cuando<br />

nos amenazam com la violación” (ibid., p. 67). Tal ponto tem o objetivo<br />

de destrinchar o que se passa não só no social, mas na questão da<br />

subjetividade destes sujeitos:<br />

Un violador sigue un guión socialy representa<br />

estructuras convencionales, genéricas, de<br />

sentimiento y acción que buscan envolver a la<br />

mujer blanco de la violación en un diálogo que<br />

está sesgado en contra de ella. La habilidad de un<br />

violador para acosar verbalmente a una mujer,<br />

para exigir su antención, e incluso para atacarla<br />

físicamente depende más de cómo se posiciona a<br />

sí mismo socialmente en relación con ella que de<br />

su supuesta fuerza física superior. Su creencia en<br />

que teiene más fuerza que una mujer y que la<br />

puede usar para violarla merece mayor anaálises<br />

que el hecho putativo de esa fuerza, porque la<br />

creencia a menudo produce como efecto el poder<br />

masculino que pareciera ser la causa de la<br />

violación. (Marcus, 1992, p. 67).<br />

Essa é uma maneira de fazer jus à recomendação de Lacan de<br />

que o psicanalista se junte a seu tempo, à subjetividade de sua época, ao<br />

aproximar o psicanalista da política, como um dever de saber, um dever<br />

de ato (Couto, 2005, p. 11).<br />

Ainda tratando de conceitos de origem psicanalítica, a repetição<br />

aparece como sendo uma das condutas marcantes no campo da violência<br />

(tanto doméstica quanto sexual). Couto afirma que as condutas que<br />

terminavam em violência doméstica e das quais mulheres eram vítimas<br />

muitas vezes se repetiam em seu histórico familiar, na sua relação com<br />

parceiros diferentes – reiteradas por diversas queixas nas delegacias da<br />

mulher –, analisando que este teor inconsciente da repetição necessita de<br />

uma intervenção capaz de barrá-la (Couto, 2005, p. 15). A autora afirma<br />

ainda que

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!