11.02.2014 Views

Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

A OBTENÇÃO DE COLÔNIAS 110<br />

<strong>das</strong> <strong>abelhas</strong> na noite anterior. Assim, juntamente com o ninho, será capturado<br />

maior número de campeiras. Vale a pena experimentar esse sistema também em<br />

relação a outras espécies.<br />

Às vezes é muito difícil escavar ninhos subterrâneos de <strong>abelhas</strong>. Em junho de<br />

1996, perto da estrada do Surucucu, em Luziânia (GO) na parte alta de uma<br />

encosta pedregosa coberta por um mesocerrado aberto, pouco antes de uma<br />

chapada, havia um ninho da MANDAÇAIA DO CHÃO (Melipona<br />

quinquefasciata). No solo existia uma enorme quantidade de pedras, sobretudo<br />

blocos fraturados de tapiocanga, com quartzo e outras rochas pequenas<br />

cimenta<strong>das</strong> com óxido de ferro e algum manganês. Tudo em processos de<br />

desagregação, no meio do solo. Em resumo, pouca terra e muita pedra. Pois nesse<br />

lugar, de escavação dificílima, as MANDAÇAIA DO CHÃO estabeleceram o seu<br />

ninho provavelmente num antigo formigueiro, a aproximadamente 3 metros de<br />

profundidade. Durante 3 dias, com enxadão, vanga, pá, <strong>sem</strong>i-picareta, etc, 5<br />

homens foram se revezando, com meu "apoio moral", para abrir uma escavação,<br />

até chegar ao ninho. Foi o meu primeiro ninho dessa espécie.<br />

E necessário ter o maior cuidado ao retirar ninhos subterrâneos, para evitar o<br />

desmoronamento da escavação e a consequente perda de vi<strong>das</strong> humanas. Nos<br />

meses de chuva o perigo deve ser maior, pois a água que se infiltra na terra<br />

aumenta o peso desta, facilitando o deslizamento e a queda dos barrancos. Nunca,<br />

jamais, em tempo algum, façam covas estreitas que possam desbarrancar. Túnel,<br />

nem pensar. Isso é coisa de fugitivo em desespero ou de melador irresponsável. E<br />

lembre-se: nunca escave sozinho. Terminada a operação de captura, jogue para<br />

dentro da escavação a terra e as pedras que lá estavam. É um perigo para pessoas e<br />

animais deixar covas abertas. Elas poderiam causar acidentes sérios e até mesmo<br />

mortes.<br />

Ao retirar o ninho da escavação feita, coloque-o numa caixa ou caixote<br />

provisório. Procure também capturar à mão, no local, o maior número possível de<br />

<strong>abelhas</strong> novas (sobretudo) e outras mais velhas, que estejam pousa<strong>das</strong> ou<br />

perambulando por perto, nos restos do ninho capturado. Coloque primeiro essas<br />

<strong>abelhas</strong> dentro de uma garrafa plástica. Depois passe as <strong>abelhas</strong> para um caixote<br />

provisório, antes de sair do local. Na entrada do caixote, coloque uma tela ou lata<br />

furada.<br />

O caixote provisório deve ser levado, se possível no mesmo dia, para o abrigo<br />

subterrâneo onde ficará localizado. Faça um pequeno túnel com 3 peças de<br />

madeira, como um U de "cabeça para baixo", para conectar a entrada do caixote<br />

com a entrada do abrigo. E cubra bem o caixote provisório, e mais tarde a<br />

colmeia, com bastante areia seca. Veja o Capítulo 11, sobre "Os meliponários,<br />

seus equipamentos e a construção de abrigos". Veja também o Capítulo 15, sobre<br />

"A transferência para a nova colmeia e cuidados especiais".<br />

O Professor Jorge Gonzalez-Acereto, grande conhecedor da

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!