11.02.2014 Views

Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

AS MORTALIDADES DA CRIA 345<br />

usados para café. A meu ver é importante embeber em algodão esse xarope com<br />

terramicina e colocar isso no copinho. Assim, evitam-se afogamentos de <strong>abelhas</strong>.<br />

Veja o Capítulo 18 sobre "Como fortalecer as colônias". Segundo me informou a<br />

Professora Maria Cristina A. Lorenzon, "certa vez estávamos com 5 colônias<br />

doentes (fase inicial) e o xarope com terramicina <strong>sem</strong>anal recuperou as colônias.<br />

Estimo em 20-30% ao ano a ocorrência desta doença". Cumpre notar que o mel<br />

<strong>das</strong> colônias trata<strong>das</strong> com produtos químicos e com antibióticos não deve ser<br />

usado ou vendido. Já há em vários países normas e especificações sobre isso.<br />

Poderia causar alergias e outros inconvenientes.<br />

A Professora Maria Cristina Lorenzon me enviou uma amostra de favo novo<br />

afetado. A meu ver o alimento larval ficou com um aspecto farinhoso, de cor<br />

creme claro. O material foi examinado no Instituto Biológico da Secretaria da<br />

Agricultura do Estado de São Paulo. A Eng. Agr. pesquisadora Maria Helena<br />

Vecchiato, do referido Instituto, informou que "os exames realizados no material<br />

do favo de cria com restos de alimento larval de Melipona subnitida não<br />

revelaram a presença de fungos". Foi observado pequeno crescimento de bactérias<br />

mas não foi possível isola-las para estudo. O Instituto solicitou mais material para<br />

exame.<br />

Durante a 6 a Conferência do IBRA (International Bee Research Association),<br />

realizada na Costa Rica em agosto de 1996, conversei longamente com o<br />

Professor Jorge Gonzalez Aceredo sobre vários aspectos da meliponicultura. Ele<br />

cria Meliponíneos em Merida, Capital de Yucatan, no México. Segundo me<br />

informou, às vezes encontra cria nova morta, nas células da Melipona yucatanica.<br />

Contudo, não observou isso nas colônias de XUNAM-CAB (M. beecheii). a<br />

abelha principal criada pelos maias.<br />

Alimento larval infestado<br />

No caso de uma colônia de MANDAÇAIA (M. quadrifasciata) citado no<br />

subcapítulo anterior, em que encontrei ovos deitados e <strong>sem</strong>i-deitados, e embriões<br />

ou larvas iniciais mortas, havia em cima (no opérculo) <strong>das</strong> células novas<br />

examina<strong>das</strong>, algumas manchas claras. E possível que essas manchas, que<br />

encontrei igualmente em células novas de favos de cria com muitas falhas, em<br />

outras colônias, indiquem a presença de alimento larval deteriorado ou de algum<br />

modo alterado, que as larvas deixaram ali quando morreram.<br />

Uma <strong>das</strong> causas do alimento larval deteriorado, é uma infestação pelos fungos<br />

do gênero Geotrichum. Essa ocorrência foi observada por Giorgio C. Venturieri<br />

(1991 p.52-53, 105) numa colônia de Melipona puncticollis Friese, nas células de<br />

cria. Segundo as suas observações; "depois de dois ou três dias, as células eram<br />

abertas e limpas pelas operárias, deixando somente a camada de cerume que<br />

constituía o fundo

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!