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Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

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204 COMO FORTALECER AS COLÔNIAS<br />

Quando o meliponicultor estiver planejando dar favos de cria de uma colônia a<br />

outra colônia, deverá lembrar-se que no Sul da Federação Brasileira e em parte do<br />

Sudeste (S.Paulo inclusive) as espécies de MIRIM (Plebeia spp) geralmente não<br />

fazem favos de cria durante o inverno. E mesmo a MANDAÇAIA (M.<br />

quadrifasciata) entre junho e julho e às vezes até em março, pode paralisar<br />

momentaneamente as construções dos seus favos de cria. Tive ocasião de verificar<br />

isso em Cosmópolis (SP) e Campinas (SP). A Professora Vera Imperatriz-Fonseca<br />

notou o mesmo em fevereiro-março, na Capital Paulista (informação pessoal).<br />

A reunião de colônias<br />

Na antiga Roma, Columella e Paladius apresentaram instruções sobre, a união<br />

de duas colônias de Apis mellifera numa só. Eles borrifavam um líquido doce<br />

sobre as <strong>abelhas</strong> e as prendiam durante três dias. Além disso, Paladius fornecia<br />

mel à colônia unida e prisioneira (H. M. Fraser 1951 p.59,69).<br />

Uma <strong>das</strong> regras de meliponicultura que mais caro me custou a aprender, foi a<br />

de que é preciso ter pelo menos duas colônias de cada espécie. Assim, se uma<br />

colônia ficar órfã, ela pode ser reunida à outra, formando uma só colônia forte.<br />

Esta, mais tarde, poderá ser dividida, conforme está explicado no Capítulo 19<br />

sobre a "Divisão de colônias". Então, o meliponicultor terá novamente duas<br />

colônias. Se, porém, numa <strong>das</strong> colônias já houver operárias poedeiras substituindo<br />

a rainha, a união poderia talvez, em certas circunstâncias, provocar a morte da<br />

rainha da outra colônia. Isso parece ter ocorrido quando juntei 2 colônias de<br />

URUÇU NORDESTINA (M. scutellaris). Já verifiquei, porém, que 2 colônias de<br />

MANDAGUARI ou CANUDO (Scaptotrigona postica) órfãs aceitaram muito<br />

bem uma rainha poedeira de outra colônia. Veja o Capítulo 20 sobre "O manejo<br />

de rainhas".<br />

Mesmo não havendo orfandade, <strong>sem</strong>pre que for preciso uma colônia pode<br />

reforçar a outra, cedendo potes, favos de cria ou mesmo a rainha poedeira. Nesse<br />

último caso o meliponicultor deve, antes de retirar uma rainha poedeira de uma<br />

colônia, verificar se ela poderá ser substituída lá por uma rainha virgem já<br />

existente ou que poderá nascer. Isso é muito importante.<br />

Felipe Poey (1852 pp. 166-168) reuniu duas colônias da única espécie de<br />

Meliponíneo cubano, no mesmo caixote. Teve a impressão de que houve intensa<br />

luta entre ambas, embora depois as coisas se acomo<strong>das</strong><strong>sem</strong>. Esses combates<br />

iniciais são comuns. Harold J. Hockings (1884 p.155) escreveu que na espécie<br />

australiana KOOTCHAR (Austroplebeia australis, citada por Charles D.<br />

Michener (1961 p.5) como T. (P) australis Friese) duas colônias podem ser<br />

facilmente uni<strong>das</strong>, devendo porém ser retirada a rainha de uma delas. Contudo,<br />

ainda segundo II. J. Hockings, as <strong>abelhas</strong> KARBI (Tetragonula carbonaria, citada

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