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Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

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82 AS RAINHAS, AS OPERÁRIAS E OS MACHOS<br />

Plebeia droryana (MIRIM DRORIANA) e P. remota (MIRIM GUAÇU),<br />

segundo observaram os referidos autores (op.cit.). Eles também verificaram que<br />

potes vazios podem ser usados como câmaras reais.<br />

Uma <strong>das</strong> principais conclusões do excelente trabalho de V L. Imperatriz-<br />

Fonseca & Ronaldo Zucchi (1995 p. 6-8) é a de que as rainhas virgens podem<br />

andar livremente pelo seu ninho enquanto não são atrativas. Ao se tornarem<br />

atrativas, passam a enfrentar reações de outras <strong>abelhas</strong> da colônia, o que as obriga<br />

a se refugiarem ou a serem conti<strong>das</strong> em câmaras reais, potes vazios ou num<br />

círculo de <strong>abelhas</strong>. A atratividade é função da produção de determinados<br />

feromônios por certas glândulas (mandibulares e outras). Os referidos autores<br />

verificaram, também, que freqüentemente a duração do tempo de refúgio ou do<br />

aprisionamento varia de dias a meses. Nesse mesmo trabalho, os Professores Vera<br />

L. Imperatriz-Fonseca e Ronaldo Zucchi constataram haver espécies de<br />

Meliponíneos cujas rainhas virgens nascem não pigmenta<strong>das</strong> e não atrativas.<br />

Somente mais tarde se tornam atraentes. É o caso, por exemplo, <strong>das</strong><br />

MANDAGUARIS ou CANUDOS (Scaptotrigona spp). Por outro lado, nas<br />

MIRINS {Plebeia spp), nas MARMELADAS, na BREU e na BRANCA<br />

{Frieseomelitta spp) e em outros Meliponíneos, as rainhas virgens já nascem<br />

atrativas. A meu ver, esse conjunto de conclusões de caráter geral a que chegaram<br />

Vera L. Imperatriz e Ronaldo Zucchi (op. cit.) com base em seus estudos e em<br />

suas observações, apoia<strong>das</strong> também em fatos relatados por outros pesquisadores,<br />

constituem descobertas <strong>das</strong> mais importantes sobre o comportamento dos<br />

Meliponíneos.<br />

As rainhas dos Meliponíneos são capazes de executar pequenos trabalhos<br />

com cerume. Fazem isso em celas ou câmaras reais (Luiz Juliani, 1962 p.7-8;<br />

Vera L. Imperatriz-Fonseca, Maria A. Oliveira & Satoko Iwama, 1975 p.666). Tal<br />

comportamento também foi observado pela Dra. Marilda Cortopassi-Laurino,<br />

segundo relataram as referi<strong>das</strong> autoras (loc. cit.). Warwick Estevam Kerr (1994<br />

p.126) referiu-se a visitas de rainhas virgens a flores, mas não entrou em<br />

detalhes.<br />

Nas GUARUPU e GUARAIPO (Melipona bicolor), podem estar presentes<br />

numa colônia várias rainhas (W. E. Kerr, 1949 p. 45). A meu ver isso ocorre<br />

freqüentemente em colônias fortes dessa espécie. No Laboratório de Abelhas, no<br />

IB-USP, a Prof. Vera Lucia Imperatriz-Fonseca e seus colaboradores estão<br />

estudando detalhes do comportamento dessas rainhas múltiplas. Fazem isso com o<br />

auxílio de uma câmera vídeo de TV<br />

As operárias e suas funções<br />

As operárias constituem a casta que realiza a quase totalidade dos<br />

trabalhos que devem ser feitos. São a grande "mão-de-obra" <strong>das</strong> colônias de<br />

Meliponíneos. Para se desenvolver ou simplesmente para se manter viva, uma<br />

colônia dessas <strong>abelhas</strong> necessita do trabalho de muitas operárias. Neste<br />

subcapítulo serão tratados aspectos referentes à contribuição genética <strong>das</strong><br />

operárias, para as populações dos Meliponíneos. No próximo

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