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Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

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O MANEJO DAS RAINHAS 221<br />

pesquisadores estudaram os seus efeitos e verificaram que a falta do referido<br />

produto bioquímico faz as colônias dessa espécie sentirem-se órfãs. Assim, uma<br />

deficiência na produção desse feromônio tem papel determinante na enxameagem,<br />

na substituição de rainhas e na produção de células reais de Apis mellifera. No que<br />

se refere aos Meliponíneos, a competente Professora Dra. Vera Imperatriz-<br />

Fonseca já possui muitas informações sobre a importância de uma substância de<br />

atração, seja em relação à manutenção e substituição da rainha poedeira, seja em<br />

relação às cortes de rainhas virgens, principalmente numa MIRIM da TERRA<br />

(Paratrigona subnuda). Outra pesquisadora, Dora L. Naves da Silva, estava<br />

também pesquisando o assunto. Uma <strong>das</strong> suas idéias era a de que a substância de<br />

rainha nos Meliponíneos podia ser excretada juntamente com as fezes da rainha<br />

(informação pessoal in Vera L. Imperatriz-Fonseca, 1973 P-29). Infelizmente a<br />

Dra Dora L. Naves da Silva faleceu num acidente rodoviário, mas a Professora<br />

Vera L. Imperatriz-Fonseca prossegue nas pesquisas, também de alto nível, que<br />

realiza sobre essas questões.<br />

A facilidade geral, embora nem <strong>sem</strong>pre, com que são introduzi<strong>das</strong> rainhas de<br />

Meliponíneos, sugere que a sua "substância de rainha" não tem exatamente as<br />

mesmas características que a da Apis mellifera. Além disso, em muitas espécies de<br />

Meliponíneos há numerosas operárias poedeiras e operárias com ovário<br />

desenvolvido, em colônias normais que possuem rainha atuante, como será visto<br />

mais adiante no subcapítulo "Operárias poedeiras". Isso não ocorre em colônias de<br />

Apis mellifera. Wolf Engels & Vera L. Imperatriz-Fonseca (1990 p.217)<br />

referiram-se às pesquisas de E. Engels, W. Schroder & W Francke em 1987, e<br />

também W. Francke, W. Schroder, W Engels & E. Engels no mesmo ano. Esses<br />

trabalhos mostraram que as substâncias cefálicas voláteis eram nitidamente<br />

diferentes nas rainhas virgens e nas rainhas fecunda<strong>das</strong> de Scaptotrigona postica<br />

(MANDAGUARI ou CANUDO). Segundo disseram (op.cit.) isso poderia indicar<br />

a existência de "dois complexos de substâncias de rainhas".<br />

A retirada prévia da rainha poedeira<br />

Para que a introdução de rainhas tenha êxito, normalmente é preciso que seja<br />

antes retirada a rainha da colônia que vai receber uma nova mãe. Contudo, essa<br />

remoção não é necessária na GUARUPU (M. bicolor), segundo informação<br />

pessoal do Professor Warwick E. Kerr. Nessa espécie pode haver freqüentemente<br />

várias rainhas poedeiras na mesma colônia (W. E. Kerr, 1949 p. 45; Nogueira-<br />

Neto, 1951 p-73). Pelo que observei na MANDAÇAIA (M. quadrifasciata), na<br />

JATAÍ (Tetragonisca angustula) e na MANDAGUARI ou CANUDO<br />

(Scaptotrigona postica), além da remoção da rainha poedeira, nenhuma precaução<br />

especial é necessária. Pelo menos nessas espécies, a introdução de rainhas é<br />

muitíssimo mais fácil que em colônias de Apis mellifera.<br />

Astrid Kleinert-Giovannini (1989 pp.58-65) introduziu rainhas poedeiras

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