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Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

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354<br />

CAPÍTULO 32<br />

OS FURTOS E ROUBOS EFETUADOS POR ABELHAS<br />

Considerações gerais<br />

Roubos e furtos, causados por outras <strong>abelhas</strong>, ocorrem com certa freqüência na<br />

vida <strong>das</strong> colônias de' <strong>abelhas</strong> indígenas. É um assunto de grande interesse para a<br />

meliponicultura, pois muitas vezes constitui um entrave sério à mesma. Aqui<br />

desejo assinalar sobretudo a importância prática da matéria, principalmente tendo<br />

em vista os prejuízos causados por uma tribo de <strong>abelhas</strong> <strong>sem</strong> ferrão, a <strong>das</strong><br />

Lestrimelittini, que perdeu até o hábito de trabalhar nas flores. Aliás,<br />

provavelmente seriam duas tribos de Meliponíneos pilhadores. Na África também<br />

há <strong>abelhas</strong> <strong>sem</strong> ferrão que se tornaram ladras obrigatórias, mas elas não seriam<br />

parentes próximas <strong>das</strong> daqui. O Prof. Padre Jesus S. Moure já se referiu a isso.<br />

Casos de vizinhança pacífica de Apíneos e Meliponíneos são comuns e serão<br />

expostos no próximo Capítulo 33, sobre "Os inimigos, os vizinhos associados e os<br />

inquilinos". Contudo, casos de ataques dos Apíneos aos Meliponíneos, para<br />

roubar, serão expostos neste Capítulo, uma vez que se trata de pilhagens.<br />

As pilhagens entre espécies trabalhadoras de Meliponíneos<br />

A pilhagem entre colônias de espécies de Meliponíneos normalmente<br />

trabalhadoras pode assumir formas discretas, <strong>sem</strong> violência, como Mariano Filho<br />

(1911 P-51) observou e tive ocasião de confirmar (Nogueira-Neto, 1949 pp.20-21,<br />

25-26). Trata-se de furtos. Outras vezes a pilhagem pode assumir formas violentas<br />

e altamente destrutivas, para a conquista de ninhos alheios ou simplesmente para<br />

pilhar em larga escala. Trata-se então de roubos. No meu trabalho sobre a<br />

pilhagem (Nogueira-Neto, 1949) discuti diversas modalidades de furtos (<strong>sem</strong><br />

violência) e de roubos (com violência).<br />

A pilhagem discreta, pacífica, os furtos, poderiam ser na realidade uma forma<br />

de cooperação ou interrelação entre colônias diferentes da mesma espécie. Cappas<br />

e Sousa (1992 p.55) chegou a essa conclusão e está estudando questão, em<br />

Portugal. É um importante campo novo de estudos, sobre a vida dos<br />

Meliponíneos.<br />

To<strong>das</strong> as <strong>abelhas</strong> podem roubar, mas aqui só mencionarei as que mais se<br />

destacam sob esse aspecto.

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