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Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

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OS INIMIGOS, OS VIZINHOS ASSOCIADOS E OS INQUILINOS 387<br />

Sobre o assunto, veja M. Delfinado-Baker, E. W. Baker & D. W. Roubik, 1983.<br />

George Salt (1929 pp.447-448) apresentou as informações até então existentes<br />

sobre os diferentes ácaros encontrados nos ninhos dos Meliponíneos. Notou-os<br />

também dentro de células de cria. Além disso tudo, transcreveu a classificação <strong>das</strong><br />

espécies conheci<strong>das</strong> naquela época.<br />

Tenho visto ácaros vivos dentro <strong>das</strong> células de IRAI (Nannotrigona<br />

testaceicornis) (Nogueira-Neto, 1963 P-71). Aparentemente não causaram dano à<br />

cria dos Meliponíneos.<br />

Marcia Maués Venturieri (1991 pp.34, 81), em colônia de URUÇU<br />

VERMELHA ou AMARELA {Melipona rufiventris flavolineata), viu ácaros<br />

Macrocheles sp, Tyrophagus putrescentia e Hemileius initialis "aparentemente<br />

alimentando-se de fungos". Isso ocorreu no interior de um ninho instalado em<br />

laboratório de pesquisa.<br />

Há uma espécie de ácaros que segundo Carlos H. W. Flechtmann & Conceição<br />

A. Camargo (1974) descobriram, diminuiu drasticamente uma mortalidade de cria<br />

de MANDAGUARI ou CANUDO (Scaptotrigona postica) causada por um fungo.<br />

Deram à essa espécie benéfica o sugestivo nome de Neotydeolus therapeuticus.<br />

Veja outros detalhes no Capítulo 30, sobre as "Mortalidades da cria".<br />

Vertebrados<br />

As lagartixas<br />

Auguste Saint Hilaire (1830 = 1938, 2 p.304) há mais de cem anos, já<br />

observara que "pequenos lagartos" estavam entre os maiores inimigos <strong>das</strong> <strong>abelhas</strong><br />

indígenas. Isso no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. No Piauí, Leonardo N. S. D.<br />

Castello-Branco (1845 p-52) considerou as lagartixas como inimigas dessas<br />

<strong>abelhas</strong>.<br />

No Nordeste, o sistema clássico usado para afastar esses vertebrados consiste<br />

em colocar uma lata, geralmente em forma de funil, ao redor da entrada <strong>das</strong><br />

colmeias (R. von Ihering, 1932 p.292). Vi no Recife, pregado no entorno da<br />

entrada, um fundo de lata com bordos altos. Outros usam pratos de ferro<br />

esmaltado, com uma abertura no centro, como o sr. Antonio Aleixo em Cabo de<br />

Santo Agostinho. O Eng. Francisco <strong>das</strong> Chagas, em Igaraçú (PE), parafusa<br />

canecas de alumínio, com uma grande abertura no fundo, sobre a entrada <strong>das</strong><br />

colmeias. A entrada <strong>das</strong> <strong>abelhas</strong> se comunica com o exterior pela referida<br />

abertura. As lagartixas não conseguem se firmar nas paredes da caneca. As "asas"<br />

da caneca são removi<strong>das</strong>. O protetor tipo "caneca de alumínio", usado pelo Eng.<br />

Francisco <strong>das</strong> Chagas, pareceu-me o melhor. Nos protetores de entra<strong>das</strong> usados no<br />

Nordeste, as lagartixas escorregam no metal liso e não conseguem passar.<br />

No Nordeste da Federação Brasileira, esses répteis podem causar grandes<br />

prejuízos aos Meliponíneos. Assim, em Recife, no bairro da

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