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Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

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220 O MANEJO DAS RAINHAS<br />

Comentando esse experimento, Dora L. N. da Silva (1977 p.71), disse que "ao<br />

tentarmos introduzir favos de cria da espécie 5. postica em colônias da espécie S.<br />

tubiba, essas <strong>abelhas</strong> aceitaram somente a rainha daquela espécie, e não os seus<br />

favos de cria, mesmo introduzidos em quantidade relativamente grande".<br />

Em 1960, pela primeira vez, uma rainha poedeira de MANDAGUARI ou<br />

CANUDO (Scaptotrigona postica), acompanhada de algumas operárias, foi<br />

remetida de um Estado para outro e introduzida com pleno sucesso. O remetente<br />

foi Luiz Juliani, que me enviou essa rainha de Londrina, Paraná. Ela foi posta<br />

numa de minhas colônias de Campinas (SP). Em 1994, no meu meliponário de<br />

Campinas, fiz com êxito outra introdução de uma rainha poedeira<br />

MANDAGUARI ou CANUDO, numa colônia órfã dessa mesma espécie.<br />

Luiz Juliani (1962 p.44) verificou que às vezes há um aparecimento espontâneo<br />

de uma rainha virgem numa colônia onde antes não havia célula real. Isso ocorreu<br />

na JATAI (Tetragonisca angustula). Certa vez, na MIRIM NIGRICEPS (Plebeia<br />

nigriceps, antes P. julianii), numa colmeia havia apenas algumas <strong>abelhas</strong> e uma<br />

célula real. Um macho emergiu dessa célula e no mesmo dia "uma rainha virgem<br />

penetrou na caixa, vinda de outra colônia", segundo Luiz Juliani relatou. Como se<br />

vê, existem também introduções naturais de rainhas. Warwick Kerr (1987 p.44)<br />

afirmou que na TIÚBA {Melipona compressipes fasciculata) ... "cerca de 50% <strong>das</strong><br />

rainhas escapam vivas da colmeia, porém nunca voltam" ... Referia-se a rainhas<br />

virgens, que geralmente são mortas pelas operárias dentro <strong>das</strong> colmeias, ou pelo<br />

menos é isso o que se supõe.<br />

O maior experimento sobre a introdução de rainhas poedeiras (fisogástricas) em<br />

colônias de onde a rainha residente foi previamente retirada, foi realizado por<br />

Cristina Andrade Monteiro & Warwick Estevam Kerr (1990. p. 977).<br />

Introduziram "imediatamente" 32 rainhas de Melipona compressipes fasciculata<br />

em colônias já <strong>sem</strong> rainhas, dessa mesma espécie. Com a exceção de 2 dessas 32<br />

rainhas, as demais foram aceitas pelas colônias que as receberam (TIÚBA =M.<br />

compressipes).<br />

Monsenhor Huberto Bruening (1900 p.38) em Mossoró (RN) introduziu com<br />

sucesso rainhas poedeiras de JANDAÍRA NORDESTINA (M. subnitida) em<br />

colônias órfãs com operárias-poedeiras dessa mesma espécie.<br />

A substância de rainha<br />

A substância de rainha é um produto (feromônio) secretado por ela. Tem<br />

importantíssima função na vida da comunidade <strong>das</strong> <strong>abelhas</strong>. O cientista britânico<br />

C. G. Butler (1954 pp.97-110) juntamente com a francesa Jeanine Pain e a<br />

holandesa Voogd, descobriram independentemente a existência da substância de<br />

rainha (queen substance) na abelha européia (Michener, 1974 p.10). Esses

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