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Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

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146 UMA NOVA COLMEIA RACIONAL PARA MELIPONÍNEOS<br />

colmeias de Meliponíneos com tábuas mais finas é possível, mas perde-se em<br />

capacidade isolante e em durabilidade da madeira, dois fatores importantes.<br />

Contudo, se a madeira já aparelhada tiver uma espessura entre 2,0 cm e 2,5 cm<br />

isso não prejudicará sensivelmente o de<strong>sem</strong>penho da colmeia, pois aumentará a<br />

altura interna <strong>das</strong> gavetas em apenas 5 milímetros ou menos. Haverá, porém, uma<br />

pequena diminuição na capacidade isolante da madeira e na sua durabilidade, mas<br />

será pouca coisa. Repito que não tem sentido perder inutilmente qualidade, se<br />

houver tábuas aparelha<strong>das</strong> de 2,5 cm ou tábuas brutas de 3,0 cm (30 mm).<br />

Todavia, é importante que a espessura <strong>das</strong> tábuas seja uniforme, no meliponário,<br />

para que as gavetas fiquem bem ajusta<strong>das</strong> umas às outras.<br />

Outro ponto muito importante, que apresentei primeiro em colmeias anteriores<br />

(Nogueira-Neto 1970 p. 174-176), e cuja utilidade agora reafirmo, consiste em<br />

fazer ranhuras ou sulcos, no alto <strong>das</strong> paredes da frente e de trás <strong>das</strong> gavetas da<br />

colmeia (figura 14-B). Isso permite a colocação, de um sulco ao outro, de varetas<br />

de bambu destina<strong>das</strong> a manter os potes de alimento em seu lugar, quando se abre a<br />

colmeia. Sem isso poderia haver problemas sérios de rompimento de potes,<br />

quando a colmeia é aberta. Essas varetas devem ser usa<strong>das</strong> nas colmeias de todos<br />

Meliponíneos. Contudo, isso é particularmente importante em relação à BORÁ<br />

(Tetragona clavipes), pois as paredes dos seus potes de mel são finas e se rompem<br />

com facilidade. Assim, pode haver problemas sérios quando não há varetas de<br />

contenção. As varetas de bambu nunca devem estar na área central destinada à<br />

cria, pois atrapalhariam a construção dos favos de cria.<br />

O tipo de colmeia PNN-1997 aqui descrito (figura 12-E), em linhas gerais foi<br />

primeiro apresentado em fins de 1991 (Nogueira-Neto, 1991), juntamente com<br />

instruções sobre o seu uso. As medi<strong>das</strong> então estabeleci<strong>das</strong> foram manti<strong>das</strong>, no<br />

caso da colmeia grande, destinada à MANDAGUARI ou CANUDO<br />

(Scaptotrigona postica) e a diversas outras espécies. Contudo, em outros casos as<br />

dimensões foram modifica<strong>das</strong> devido a aperfeiçoamentos. O que vale, pois, é o<br />

tipo PNN-1997 ora apresentado. Já o estou experimentando há alguns anos, com<br />

sucesso. (Figura 12-E).<br />

Nas colmeias de 1991 e nas outras anteriores (1956, 1958, 1990) com espaço<br />

vazio quadrado no centro do piso <strong>das</strong> gavetas, a entrada era <strong>sem</strong>pre feita na frente<br />

da gaveta de baixo, logo acima do nível do piso dessa gaveta. Desde 1992, passei<br />

a fazer em algumas <strong>das</strong> gavetas de baixo a entrada, no mesmo nível junto ao piso,<br />

mas numa <strong>das</strong> tábuas laterais da gaveta de baixo. (Figura 5). Assim, é possível<br />

colocar sobre os ferros de suporte, colmeias cuja entrada está em posição não<br />

coincidente com a entrada <strong>das</strong> colmeias vizinhas. Isso geralmente evita que as<br />

<strong>abelhas</strong> campeiras, ao regressarem, entrem em colmeia errada.

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