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Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

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ALGUNS MÉIS, MELATOS E SAMORAS/SABURÁS (PÓLENS) TÓXICOS PARA<br />

PESSOAS<br />

parte da Federação Brasileira e países vizinhos. Isso já foi demonstrado neste<br />

Capítulo. É muito provável que em grandes áreas Sul Americanas, na África<br />

Oriental e em outras regiões tropicais e subtropicais, e não apenas nas áreas de<br />

clima temperado, também existam graianotoxinas ou fitotoxinas <strong>sem</strong>elhantes. A<br />

presença de graianotoxinas em certos méis (veja trabalho citado a seguir), já está<br />

comprovada na Turquia e na Columbia Britânica (Canadá). No caso dessas<br />

intoxicações por graianotoxinas (=andromedotoxinas), a medicação indicada por<br />

membros da Faculdade de Medicina de Konya, Turquia, pesquisadores H. Yavuz,<br />

A. Ozel, I. Akkus & I. Erkul (1991, p- 789-790) foi o uso de "atropina e agentes<br />

simpatomiméticos". Os referidos autores não sabem de nenhum caso fatal de mel<br />

tóxico, na Turquia.<br />

Tratei aqui longamente da intoxicação pela toxina botulínica, pois é muito<br />

grande a <strong>sem</strong>elhança dos sintomas entre o botulismo e os casos graves que<br />

ocorrem no Estado de São Paulo, de intoxicação por mel e/ou samora/saburá<br />

(polem). No entanto, por uma série de motivos (acidez, alto teor de açúcares, etc.)<br />

já explicados neste Capítulo, é muito pequena a possibilidade de alguém receber a<br />

toxina botulínica (não me refiro aqui a esporos), através de méis e polens<br />

processados e guardados pelas <strong>abelhas</strong>, em seus ninhos.<br />

Nos casos de botulismo é muito importante, logo que for possível, dar a antitoxina<br />

botulínica apropriada. Entre outras entidades, o Instituto Adolfo Lutz, da<br />

Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, possui anti-toxinas botulínicas. Além<br />

disso, como aconselhou G. Sakaguchi (1979 p. 433), é preciso verificar se a<br />

pessoa intoxicada é ou não alérgica à anti-toxina a ser usada, a qual pode conter<br />

também soro animal. É importante saber que nos casos de botulismo o<br />

restabelecimento da respiração natural às vezes demora muitos dias.<br />

Se for necessário, o médico deve fazer uma traqueostomia e usar equipamentos<br />

para auxiliar a respiração ou para fazer respiração artificial (ventilação pulmonar<br />

forçada). Quando a intoxicação botulínica progride, ficam paralisados os<br />

músculos respiratórios e o diafragma. A morte por botulismo ocorre<br />

principalmente por parada respiratória e obstrução <strong>das</strong> vias de passagem do ar (na<br />

respiração) segundo G. Sakaguchi (1979 p-394) ou também se a "paralisia<br />

flácida" causada pela toxina botulínica afetar o coração (Abigail A. Salyers &<br />

Dixie D. Whit, 1944, p.132).<br />

Nos estudos sobre os efeitos da graianotoxina I (= andromedotoxina) em cães,<br />

Neil C. Moran, Peter E Dresel, Marjorie E. Perkino e Arthur E Richardson (1954)<br />

verificaram que doses intravenosas de andromedotoxina de 3 mg/kg de peso<br />

desses animais, já eram suficientes para causar queda de pressão sangüínea,<br />

bradicardia (batimentos cardíacos mais lentos) e depressão respiratória. Possui<br />

uma "potente ação hipotensiva". Com o emprego de atropina, a bradicardia foi<br />

prevenida, a magnitude da hipotensão foi diminuída, mas não foi alterada a<br />

resposta respiratória. Ao contrário da ação comumente hipotensiva da<br />

graianotoxina I (=

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