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Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

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230 A ORFANDADE<br />

femurata) e Soichi F. Sakagami, Darwin Beig & Y Akahira (1964 pp.52-54) em<br />

CUPIRA AMARELA (Partamona testacea, citada pelos referidos autores como<br />

P. (P.) testacea testacea). Vera L. Imperatriz-Fonseca & Maria Augusta Cabral de<br />

Oliveira (1976) observaram detalhadamente uma colônia órfã de MIRIM SAIQUI<br />

(Plebeia saiqui). Viram a ingestão de parte dos ovos postos, o que foi feito por<br />

operárias. Outras vezes não houve essa oofagia. Os favos de cria tinham um<br />

aspecto irregular somente no período final de vida da colônia. Muitos machos<br />

foram produzidos pela colônia órfã.<br />

Tal como geralmente ocorre na Apis mellifera, exceto na subespécie capensis, e<br />

com a possível exceção também <strong>das</strong> obreiras-rainhas na MANDAÇAIA (M.<br />

quadrifasciata), os ovos postos por operárias poedeiras dão origem apenas a<br />

zangãos. Vi machos, certamente filhos de operárias poedeiras, em colônias órfãs<br />

<strong>das</strong> espécies IRAI (Nannotrigona testaceicornis), MANDURI (Melipona<br />

marginata) e MIRIM DRORIANA (P. droryana) (Nogueira-Neto, 1950<br />

pp.316,329,356). Na edição anterior (1970 p.258) parece ter havido um pequeno<br />

equívoco nesta citação de minhas observações de 1950.<br />

Em 1963-1968, o estudo <strong>das</strong> <strong>abelhas</strong> indígenas apresentou uma enorme<br />

surpresa. Soichi F. Sakagami e Ronaldo Zucchi (1963 p.505), pesquisando a<br />

postura da MANDAGUARI ou CANUDO (Scaptotrigona postica), descobriram<br />

que operárias põem ovos em células de cria, mesmo em colônias normais e na<br />

presença de rainhas poedeiras. Esses ovos são geralmente devorados pela rainha<br />

ou, ocasionalmente, por outras operárias. Contudo, nessa mesma espécie muitas<br />

vezes o ovo de operária é posto durante o fechamento da célula e permanece ali<br />

juntamente com o ovo da rainha. Nesse caso a larva que procede da operária<br />

destrói a outra, dando assim origem a um zangão adulto (Darwin Beig, 1968<br />

p.32). Essas notáveis descobertas dos autores citados acima, revolucionaram<br />

nossos conhecimentos sobre certos aspectos da vida dos Meliponíneos.<br />

Independentemente (Nogueira-Neto, 1963 P-6), verifiquei ser comum encontrar<br />

mais de um ovo em células de MANDAÇAIA (M. quadrifasciata anthidioides),<br />

mas não consegui explicar o fato naquela ocasião.<br />

Depois, a presença de operárias poedeiras em colônias que possuíam rainhapoedeira<br />

foi confirmada pelo Professor Dr. Shoichi F. Sakagami e seus<br />

colaboradores, em 6 espécies muito diversas de Meliponíneos: MANDAGUARI<br />

ou CANUDO (Scaptotrigona postica); JANDAÍRA NEGRA DO AMAZONAS<br />

(M. compressipes manauensis); MOMBUCÃO DA AMAZÔNIA<br />

(Cephalotrigona femurata); JANDAÍRA ALARANJADA DE MANAUS (M.<br />

<strong>sem</strong>inigra merrillae); MANDAÇAIA (M. quadrifasciata) e BORÁ (Tetragona<br />

clavipes), M. favosa e M. rufiventris paraensis. Sugiro ver, respectivamente, os<br />

trabalhos de Soichi F. Sakagami & Ronaldo Zucchi (1963 p-503); Soichi F.<br />

Sakagami&Yoshika Oniki (1963pp.308-309); Soichi F. Sakagami, Darwin Beig<br />

& C. Kyan (1964 p.468); Darwin Beig & Soichi F. Sakagami (1964 p.116); Soichi<br />

F. Sakagami, Maria José Montenegro &

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