11.02.2014 Views

Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

350 AS MORTALIDADES DAS ABELHAS ADULTAS<br />

A no<strong>sem</strong>ose<br />

W Krause (trabalho não publicado, apresentado em 1955 à 1 a Semana de<br />

Apicultura e Genética, em Piracicaba), fez uma experiência no referido<br />

Município. Ele forneceu mel contendo esporos de No<strong>sem</strong>a apis Z. a duas colônias,<br />

uma de MANDAÇAIA (Melipona quadrifasciata) e outra de Apis mellifera. Esta<br />

ficou "fortemente contaminada", mas as MANDAÇAIA não demonstraram<br />

"nenhum sintoma de infecção"; A no<strong>sem</strong>ose ataca os exemplares adultos da Apis<br />

mellifera, em todos os continentes (Leslie Bailey, 1963 p.48).<br />

As mortalidades indetermina<strong>das</strong> de <strong>abelhas</strong> adultas<br />

No Brasil e em vários outros países do mundo, particularmente nas Américas,<br />

existe uma grave mas ainda pouco conhecida "enfermidade", em <strong>abelhas</strong> adultas<br />

de Apis mellifera. Os insetos atingidos mostram certa paralisia ou perturbações de<br />

movimentos. O sintoma principal é não poderem voar. Além disso, apresentam<br />

intestino distendido.<br />

Na Austrália, K. M. Doull (1961 p.3-5) pensou que a mortalidade era devida a<br />

"...algum fator desconhecido que torna impossível às <strong>abelhas</strong> digerirem e<br />

assimilarem o polem". Disse suspeitar do polem de várias plantas.<br />

Nos Estados Unidos da América, a "enfermidade" surgiu em 1963 (E. Oertel,<br />

1965 p.268-270,316). Segundo H. L. Foote (1966 p.126-127) é possível que os<br />

distúrbios sejam causados por algumas linhagens do fungo Aspergillus flavus, o<br />

qual produz o perigoso tóxico chamado aflatoxina, encontrado também em<br />

amendoim mofado, cereais mofados, etc. A aflatoxina é causadora de câncer do<br />

fígado nas pessoas e nos animais. Diga-se de passagem que por uma questão de<br />

prudência, as pessoas devem evitar comer amendoim, a não ser que se saiba com<br />

certeza não estar o mesmo mofado ou não ter tido mofo. A prudência manda<br />

também não comer doces de amendoim <strong>sem</strong> ao menos ter visto a aparência<br />

original dos grãos. Aliás, não conheço detalhes sobre o aspecto dos grãos<br />

contaminados. Contudo, o problema é tão sério que tive, de boa fonte (oficial) a<br />

informação de que num determinado ano, aqui na Federação Brasileira, uma<br />

grande fabricante de produtos alimentícios nem sequer fabricou doces de<br />

amendoim, devido à contaminação dos grãos com aflatoxina. Um dos absurdos,<br />

nesse caso, foi o silêncio dos que sabiam do perigo e não avisaram o público.<br />

Veja, no Capítulo 28, sobre "Alguns méis, melatos e samoras/ saburás tóxicos<br />

para pessoas", o subcapítulo "Outros casos graves causados pela ingestão de<br />

samora/saburá (polem)".<br />

Na Federação Brasileira, essa mortandade de <strong>abelhas</strong> de causa ainda pouco<br />

conhecida, recebeu o nome de "mal de outono". Aliás é um nome impróprio, pois<br />

ocorre também em outras épocas do ano. O livro de E. Schenk (1918 p. 43-51) foi<br />

o primeiro a tratar extensamente do problema. Esse grande pioneiro da moderna<br />

apicultura brasileira

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!