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Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

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70 A QUESTÃO DOS MACHOS DIPLÓIDES<br />

colônias, com cerca de um ano ou mais de idade, inclusive a colônia única inicial,<br />

somente duas colônias tinham morrido. To<strong>das</strong> as outras 11 colônias estavam em<br />

estado mediano ou forte. Em 28/04/66, 04/05/69 e 24/04/80 vi, ao todo, 4<br />

indivíduos de M. quadrifasciata quadrifasciata nas flores, a aproximadamente<br />

3000 m do meliponário. A cerca de 1.250 m do meliponário, em 07/04/93,<br />

também em flores de Vernonia westiniana Less. vi um exemplar de Melipona<br />

quadrifasciata anthidioides. Contudo, no meliponário não surgiram <strong>abelhas</strong> dessa<br />

subespécie. To<strong>das</strong> as colônias conservaram as características <strong>das</strong> quadrifasciata<br />

do Vale do Itajaí (SC), cujo abdome nas campeiras jovens parece ser algo mais<br />

avermelhado no dorso. Há outras 10 colônias novas to<strong>das</strong> vivas em abril de 1997.<br />

- MANDAÇAIA {Melipona quadrifasciata anthidioides). Em Campinas<br />

(SP), na sede da Fazenda São Quirino, foram 2 ou possivelmente 3 as colônias<br />

iniciais. Uma delas era uma colônia silvestre descoberta em 1994. Meses depois<br />

foi destruída por meladores. Talvez estivesse presente em 1990, no início do<br />

experimento. Outra colônia estava num apiário próximo. Havia no meu<br />

meliponário uma colônia com pelo menos 20 anos de idade e que foi por mim<br />

usada para iniciar os experimentos em 1990. Em novembro de 1991, essa colônia<br />

e suas 2 colônias-filhas foram rouba<strong>das</strong> por pessoas que as levaram consigo.<br />

Recomecei os experimentos de endocruzamentos com a única colônia que estava<br />

no apiário próximo e que me foi cedida. Foi realizada em 1994 uma ampla busca e<br />

levantamento de to<strong>das</strong> colônias silvestres ou não, que poderiam estar presentes<br />

num raio de 1.800 a 1.500 m aproximadamente do meliponário. Foi então<br />

encontrada a colônia silvestre acima referida, mas como já disse ela foi eliminada<br />

meses após, por meladores. Essa colônia silvestre provavelmente foi produto de<br />

uma enxameagem da colônia única e forte que sobreviveu muitos anos no<br />

meliponário próximo e que deu início aos experimentos ali realizados e aqui<br />

relatados. Certamente fez parte da pequena população local de MANDAÇAIA.<br />

Em 1992, recomeçaram as sucessivas divisões de colônias. A nova colônia inicial<br />

deu origem, por divisão dela e de suas descendentes, a 22 colônias bem adapta<strong>das</strong>.<br />

Soma<strong>das</strong> às 2 outras, da fase do começo do experimento, antes do roubo de<br />

colméias, são ao todo 24 colônias com mais de um ano, obti<strong>das</strong> por divisão a<br />

partir de 1 colônia inicial, sucedida depois por outra colônia inicial. Quase to<strong>das</strong><br />

essas divisões tiveram sucesso. Até abril de 1997, houve apenas 2 mortes de<br />

colônias, no experimento em curso em Campinas (SP), uma delas por ataque de<br />

outras MANDAÇAIA. Uma colônia recebeu uma vez favos de cria de reforço de<br />

uma colônia irmã, o que a fortaleceu, tornando-se mediano o seu estado. Outra<br />

colônia recebeu 2 vezes favos de cria de reforço, cada vez de uma colônia irmã<br />

diferente. Também sobrevive em estado mediano. Em agosto de 1996 uma<br />

colônia fraca recebeu favos de cria na fase de casulo, como reforço, procedentes<br />

de uma colônia irmã, o que também foi um sucesso.

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