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Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

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75 A QUESTÃO DOS MACHOS DIPLÓIDES<br />

cria de colônias irmãs, como reforço. Essas 2 colônias se recuperaram, juntamente<br />

com as suas rainhas marca<strong>das</strong>. Assim, é plenamente justificável e evita distorções<br />

nos resultados, o reforço eventual de uma colônia com favos de cria procedentes<br />

de colônias irmãs, ou seja da mesma população, toda ela descendente da mesma<br />

colônia ou colônias iniciais. Veja também o Capítulo 30, sobre "As mortalidades<br />

da cria" e o Capítulo 31 sobre 'As mortalidades <strong>das</strong> <strong>abelhas</strong> adultas".<br />

O que realmente me interessa, nesta fase dos experimentos e observações,<br />

é saber se as colônias endocruza<strong>das</strong> e a população que elas constituem, têm ou não<br />

a capacidade de sobreviver. A possibilidade de sobrevivência de uma população<br />

local com menos de 40 colônias não foi aceita pela teoria de Warwick E. Kerr e<br />

Roland Vencovsky (1982). Depois, como já disse, Warwick E. Kerr (1985, 1987)<br />

estendeu esse número para 44. Veja também o Capítulo 22 sobre "Limitações em<br />

espécies não nativas", que trata do estresse ecológico. Este tem sido grandemente<br />

desconsiderado.<br />

No meu futuro livro, "Algumas estratégias ecológicas dos Meliponíneos -<br />

<strong>abelhas</strong> tropicais e subtropicais <strong>sem</strong> ferrão", apresentarei maiores detalhes sobre<br />

as teorias aqui expostas. Quero salientar, porém que nos meus experimentos de<br />

endocruzamentos, em poucos casos as mortes de colônias de Meliponíneos podem<br />

ser atribuí<strong>das</strong> à presença de machos diplóides. Para não entrar agora em<br />

pormenores, direi apenas que quando as condições ambientais são muito<br />

favoráveis, a meu ver aumentaria nos embriões diplóides, na fase inicial do seu<br />

desenvolvimento, a quantidade de uma substância hormonal que poria em ação os<br />

genes feminilizantes, em todos esses embriões diplóides. Assim, os indivíduos<br />

diplóides serão fêmeas nessas colônias, mesmo que haja homozigose no locus<br />

cromossômico xo. A substância poderia ser um ecdisteróide e parte do mesmo<br />

proviria da rainha, através do ovo (Nogueira-Neto, 1995). E uma hipótese que<br />

venho aperfeiçoando desde 1990. Inicialmente não cogitei serem ecdisteróides<br />

mas sim uma substância hormonal não definida, talvez um esteróide. Referi-me a<br />

poligenes (Nogueira-Neto, 1990), o que agora (1996) me parece desnecessário.<br />

Os pesquisadores A. Rachinsky & W. Engels (1995) mostraram a<br />

importância decisiva dos ecdisteróides na determinação <strong>das</strong> castas femininas na<br />

Apis mellifera. Também em relação a essa espécie, há entre outros um interessante<br />

artigo de Klaus Hartfelder, Konstanze Kostlin & Christina Hepperle (1995) que<br />

mostra o papel indutor que tem certos ecdisteróides nos processos de<br />

diferenciação <strong>das</strong> castas (operárias e rainhas) que ocorrem ao nível bioquímico, no<br />

5 o instar larval. Foi referida também a observação de Klaus Hartfelder sobre os<br />

claros efeitos do ecdisteróide makisterone A, na síntese protéica dos ovários em<br />

formação. To<strong>das</strong> essas e outras observações mostram que seria muito importante<br />

verificar também o papel dos ecdisteróides nas sínteses protéicas que ocorrem nos<br />

embriões <strong>das</strong>

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