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Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

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42 OS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO<br />

<strong>abelhas</strong> querem entrar no seu ninho, as que ali residem... "tratam imediatamente<br />

de tapar a entrada com resina, de que em suas casas há <strong>sem</strong>pre um bom<br />

provimento". Nesse caso, a resina (própolis) serviu como um elemento de defesa.<br />

CR. Riblands (1953=1964 p.205-209) citou K. Dietrich, G. Riviere & G.<br />

Bailhache e T. R. G. Shaw para dizer que o própolis é "extraordinariamente<br />

variável em composição e misturado com cera de <strong>abelhas</strong>".<br />

Charles D. Michener (1961 p. 4) definiu o própolis como "resinas e ceras<br />

coleta<strong>das</strong> pelas <strong>abelhas</strong> no campo (exterior) e trazi<strong>das</strong> para o ninho para propósito<br />

de construção".<br />

O Dr. David W Roubik (1989 p. 27) fez uma distinção entre resina<br />

(vegetal) e própolis. A resina, ao ver dele, é o produto exudado por muitas plantas,<br />

ao passo que o própolis é o produto composto por resina, cera e substâncias<br />

pegajosas usa<strong>das</strong> pela Apis mellifera.<br />

A meu ver, não se deve confundir própolis com cerume. A mistura de<br />

resinas (vegetais) com muita cera é simplesmente o cerume. O própolis, na minha<br />

opinião, é constituído basicamente pelas resinas vegetais geralmente coleta<strong>das</strong><br />

pelas <strong>abelhas</strong> nas plantas lenhosas feri<strong>das</strong> e trazi<strong>das</strong> para as colméias. Quando<br />

trabalhado pelas <strong>abelhas</strong> nos seus ninhos, seja numa forma pura ou seja misturada<br />

com um pouco de cera, essa substância deve ser chamada própolis puro ou misto,<br />

conforme o caso. Segundo um livro clássico de Apicultura (A. I. Root & E. R.<br />

Root, 1943 p-590-593), na definição de John H. Lovel e E. R. Root o própolis é<br />

uma "substância gomosa" que as <strong>abelhas</strong> coletam em muitas plantas. Esses<br />

autores escreveram também (loc. cit.) sobre a separação da cera e do própolis pelo<br />

aquecimento. Como expliquei no Capítulo 26 sobre "As propriedades antibióticas<br />

do mel", isso poderia prejudicar certos antibióticos. Mais adiante será apresentado<br />

um breve comentário sobre propriedades medicinais do própolis.<br />

Comercialmente, o própolis é uma substância retirada dos ninhos da Apis<br />

mellifera, onde é usada principalmente para calafetar frestas. Pode ter, como disse<br />

W. D. Roubik (op. cit.), alguma mistura com cera, mas na minha opinião está<br />

longe de ser um cerume.<br />

A meu ver, os Meliponíneos coletam quantidades importantes de própolis.<br />

Às vezes, como será visto no subcapítulo seguinte, as resinas vegetais que essas<br />

<strong>abelhas</strong> trazem para suas colméias, são mistura<strong>das</strong> à terra ou ao barro. Outras<br />

vezes as resinas são mistura<strong>das</strong> à cera secretada por essas <strong>abelhas</strong>, nesse caso<br />

constituindo o cerume, como já expliquei. Nos batumes de muitos Trigonini há<br />

muita resina e pouca cera. Já não é mais um cerume, mas uma mistura onde as<br />

resinas predominam. Portanto, deve ser chamado de própolis misto.<br />

Uma terceira situação é o armazenamento desse material praticamente <strong>sem</strong><br />

mistura, como se pode ver nas colônias de JATAÍ {Tetragonisca angustula), nas<br />

MIRINS (Plebeia spp), etc. Esse própolis

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