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Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

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ALGUNS MÉIS, MELATOS E SAMORAS/SABURÁS (PÓLENS) TÓXICOS PARA<br />

PESSOAS<br />

intoxicação por graianotoxinas, pelo que já expliquei, também é preciso cuidar<br />

dos problemas respiratórios, além dos problemas cardíacos e os de uma baixa<br />

pressão arterial. Cabe ao médico decidir sobre os cuidados.<br />

Os esporos no mel e o botulismo intestinal<br />

Os esporos são formas de alta resistência, produzi<strong>das</strong> por bactérias e outros<br />

organismos, para sobreviverem em condições muito desfavoráveis.<br />

Talvez o leitor pergunte o que acontece com os esporos do Clostridium<br />

botulinum que as pessoas ingerem eventualmente nos muitos alimentos que<br />

consomem. Os esporos são expelidos nas fezes e quase <strong>sem</strong>pre nada de mal ocorre<br />

com a pessoa de mais de 1 ano de idade que os ingeriu. Segundo dados<br />

compilados por Hatheway nos Centers for Disease Controls (Federais) dos USA,<br />

apenas 7 pessoas teriam morrido naquele país por botulismo de colonização<br />

intestinal (iniciado por esporos) em 12 anos (1978 a 1990) (in E. L. Rhodehamel,<br />

N. R. Reddy & M. D. Pierson 1992 p.129). Nas crianças (niños em espanhol) de<br />

menos de 1 ano de idade, há uma insuficiência da microflora intestinal e algumas<br />

vezes os esporos do C. botulinum originam ali colônias que produzem a toxina<br />

botulínica. Isso causa botulismo infantil (Abigail A. Salyers & Dixie D. Whit,<br />

1994, p.132). Essa insuficiência é raríssima em pessoas que têm mais de 1 ano de<br />

idade. E. L. Rhodehamel e colaboradores (1992 p.129) citaram Isacsohn et al. e<br />

Freedman et al., autores que relataram ocorrências de botulismo intestinal em<br />

adultos. Citaram também um caso referido por Chia et al., ocorrido em<br />

conseqüência de cirurgia intestinal e uso de antibióticos. Para diminuir o risco de<br />

ingerir esporos de C. botulinum, pessoas opera<strong>das</strong> do intestino não devem comer<br />

mel ou glucose de milho, até que sua flora intestinal se restabeleça.<br />

Hiroshi Sugiyama (1981) observou em camundongos de laboratório, isentos de<br />

microorganismos, que bastam 10 esporos de C. botulinum para ocorrer a<br />

colonização intestinal desses animais. Em camundongos com micro-flora<br />

intestinal, que receberam 5 doses de 2 antibióticos de largo espectro (eritromicina<br />

e kanamicina), a micro-flora foi muito prejudicada. Passado o efeito dos<br />

antibióticos, mas antes da recuperação da micro-flora intestinal, desenvolveram-se<br />

ali colônias de C. botulinum. Isso ocorreu quando, terminada a ação dos<br />

antibióticos, os camundongos receberam quantidades enormes de esporos<br />

(100.000 por dose).<br />

Contudo, em 6 dias a micro-flora se recuperou e essas colônias botulínicas<br />

desapareceram. Embora se refiram a camundongos (= mouse, Mus musculus),<br />

esses experimentos ajudaram a compreender o que se passaria com seres<br />

humanos. Nas pessoas, a meu ver; é necessário prever um prazo maior, como<br />

medida de segurança, para a recuperação da microflora intestinal, ou seja, deve-se<br />

esperar alguns dias a mais do que os 6 dias mencionados aqui, antes de recomeçar<br />

a comer mel.

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