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Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

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A DIVISÃO DAS COLÔNIAS 217<br />

a rainha poedeira deve ir para a colônia nova. De acordo com outros, precisa<br />

permanecer na colônia-residente. Ambas sugestões podem ser váli<strong>das</strong> em<br />

diferentes circunstâncias. Contudo, no momento da divisão freqüentemente não se<br />

sabe em que parte da colônia está a rainha-mãe. É de se presumir que esteja na<br />

região dos favos novos, mas isso é apenas uma probabilidade, que pode falhar. É<br />

muito perigoso e danoso "desmontar" as construções de uma colônia de<br />

Meliponíneos, para procurar a rainha poedeira. Não compensa.<br />

O meliponicultor também deve ter <strong>sem</strong>pre presente os seguintes dados de<br />

Warwick E. Kerr (1987 pp. 41-42; 1987-A p.16) obti<strong>das</strong> em colônias de T1ÚBA<br />

(Melipona compressipes fasciculata). Entre a data da divisão da colônia e a data<br />

da postura do 1 o ovo pela rainha nova, na média de 42 observações feitas por ele,<br />

transcorreu um prazo de 14,08 dias. Isso aconteceu, é claro, na parte <strong>das</strong> colônias<br />

dividi<strong>das</strong> onde não estava presente a rainha-mãe. Parece-me que em certas<br />

espécies de Meliponíneos esse prazo poderia ser muito mais longo. Contudo, é<br />

necessário lembrar que as <strong>abelhas</strong> operárias de uma colônia de Meliponíneos que<br />

está temporariamente ou definitivamente <strong>sem</strong> favos novos de cria, vivem por mais<br />

tempo que numa colônia que possui favos de cria novos. É uma conclusão de um<br />

importante trabalho de Yoko Terada, C. A. Garófalo & Shoichi Sakagami (1975).<br />

Segundo o Msc Davi Said Aidar (1995 pp.23-26) uma colônia nova deve<br />

receber 100 células de cria na fase de casulo, nascentes, 100 <strong>abelhas</strong> jovens<br />

"nascentes" e 100 <strong>abelhas</strong> adultas guar<strong>das</strong> ou campeiras. Esses são números<br />

mínimos. Além disso, são necessários potes de alimentos. Foram indicados<br />

também procedimentos de manejo. Esse autor trabalhou com a MANDAÇAIA<br />

(Melipona quadrifasciata) em Viçosa (MG). Essas sugestões são interessantes,<br />

mas se referem a um método diferente do que utilizo na divisão de colônias. O<br />

Msc Davi S. Aidar (1996 p.50-53) é autor igualmente da monografia "A<br />

MANDAÇAIA", onde esses dados também se encontram.<br />

Em resumo, sugiro fazer a divisão <strong>das</strong> gavetas, com a sua população jovem e a<br />

mais velha, com os potes e outras construções, que ali estiverem ou forem postas,<br />

inclusive a alimentação artificial. Depois, se houver falta, é só completar. Os<br />

favos de casulos, com cerca de 200 células de cria adiantada, no caso da<br />

MANDAÇAIA e outros Meliponíni de população mediana, devem ficar na<br />

colônia nova, se esta estiver <strong>sem</strong> a rainha poedeira, ou se tiver bem menos adultos<br />

que a outra colônia. Veja a figura 19 - A, que embora seja de uma Trigonini,<br />

mostra uma situação geral.

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