11.02.2014 Views

Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

210 A DIVISÃO DAS COLÔNIAS<br />

Yoko Terada (1974 p. 13-18, 84-85) descobriu que a MARMELADA<br />

AMARELA ou BREU (Frieseomelitta varia), embora seja um Trigonini, não<br />

constrói células reais, mas apresenta um sistema alternativo. Quando há<br />

necessidade de criar uma nova rainha, uma larva feminina que está numa célula de<br />

operária, invade outra célula vizinha e se apropria do seu alimento. Penso que isso<br />

é feito com a ajuda de operárias adultas, e que a larva invasora come a outra larva.<br />

O fato concreto é que a larva, devido ao aumento da alimentação, torna-se maior e<br />

tece um "casulo real". A referida pesquisadora viu o mesmo fato na espécie<br />

Leurotrigona muelleri, embora tenha observado também que essa abelha às vezes<br />

constrói células reais.<br />

Tanto as Frieseomelitta como a Leurotrigona são <strong>abelhas</strong> que fazem células de<br />

cria em cacho. Portanto, não constróem favos de cria compactos. E provável que<br />

to<strong>das</strong> as Frieseomelitta tenham o mesmo sistema de criação de rainhas. É<br />

essencial, nessas <strong>abelhas</strong>, que a colônia nova receba uma rainha, ou um casulo<br />

real, ou um agrupamento de células novas. Na Faz. Aretuzina, em S. Simão (SP),<br />

com a transferência também de células de cria novas, consegui sucesso no<br />

estabelecimento de novas colônias da MARMELADA AMARELA ou BREU (F.<br />

varia). Em 2 casos não houve inicialmente a formação de casulos reais. Contudo,<br />

dei a cada uma dessas colônias um outro "cacho" de células novas e assim as<br />

<strong>abelhas</strong> criaram rainhas, normalizando essas colônias. Isso foi em região onde a<br />

espécie é nativa. Em outros lugares onde a MARMELADA AMARELA ou<br />

BREU não é nativa, como em Cosmópolis (SP) e Campinas (SP), geralmente<br />

foram necessárias repeti<strong>das</strong> tentativas. Em Campinas (SP), porém, uma colônia<br />

<strong>sem</strong> rainha fez 7 casulos reais, a partir de células novas que produziriam operárias<br />

(fev.-mar., 1997).<br />

Os Meliponini (URUÇUS, MANDAÇAIAS, JANDAÍRAS, TIÚBA,<br />

GUARAIPO, GUARUPU, MANDURI, etc.) não fazem células reais. Suas<br />

rainhas nascem em células de cria iguais às <strong>das</strong> operárias.<br />

Sobre essas questões relaciona<strong>das</strong> com as rainhas, veja o Capítulo 6 sobre “As<br />

rainhas, as operárias e os machos". Leia também o Capítulo 20 sobre "O manejo<br />

de rainhas", bem como o Capítulo 4 sobre "A determinação dos sexos e <strong>das</strong><br />

castas".<br />

É importante distribuir relativamente bem os potes de alimento. Se possível, a<br />

gaveta de cima, que geralmente vai fazer parte da colmeia nova, deve ficar com<br />

mais potes. Com alguns dias de antecedência retire parte dos potes, os mais<br />

acessíveis, de uma gaveta e coloque-os na outra gaveta onde eles faltam. É viável,<br />

também, tirar potes de uma colônia diferente, para dar a outra, mas se possível<br />

devem estar desacompanhados de <strong>abelhas</strong> adultas velhas, para evitar eventuais<br />

lutas. Nessa operação de remoção e mudança de potes, uma espátula curva poderá<br />

ajudar. (Figura 19-B). Se houver perigo de rompimento de alguns potes de mel,<br />

colha primeiro o mel desses potes e depois devolva o mesmo à colmeia. Ou<br />

simplesmente coloque o conjunto dos potes que for removido, sobre

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!