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Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

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A TRANSFERÊNCIA PARA A NOVA COLMEIA E ALGUNS CUIDADOS ESPECIAIS<br />

depois não encontram mais a saída. Ficam presas lá dentro e morrem afoga<strong>das</strong>.<br />

Essa armadilha está sendo usada no Laboratório <strong>das</strong> Abelhas, do Instituto de<br />

Biociências da USP. Foi uma invenção da Professora Vera Imperatriz-Fonseca.<br />

Tive ocasião de modificá-la, um pouco, substituindo o funil de entrada por uma<br />

simples abertura, na tampa de plástico, com aproximadamente 3 milímetros de<br />

diâmetro. É preciso tomar cuidado para que essa abertura seja muito pequena,<br />

somente deixando passagem para os Forídeos. Do contrário, muitas <strong>abelhas</strong><br />

entrarão na armadilha e morrerão afoga<strong>das</strong>. Às vezes as <strong>abelhas</strong> da colônia cerram<br />

com cerume a abertura da armadilha, inutilizando-a. A meu ver é preciso<br />

aperfeiçoar esse método muito interessante de capturar Forídeos. A armadilha é<br />

uma idéia excelente.<br />

S - Para sua maior comodidade, durante a transferência o meliponicultor<br />

poderá sentar-se, ao invés de ficar de cócoras. É muito útil ter 2 banquetas com 40<br />

cm de altura e tabuleiro de 40 x 40 cm. Uma para o meliponicultor. Outra para<br />

colocar sobre ela os instrumentos de trabalho (Figura 15-A).<br />

T - O meliponicultor deve trabalhar com a cabeça coberta, para se proteger do<br />

sol. Muitos milhares de pessoas, nos trópicos, adquirem certos tipos de câncer da<br />

pele devido à excessiva exposição aos raios solares. E preciso, também, usar um<br />

véu apícola, para lidar com as <strong>abelhas</strong> torce-cabelos. Algumas <strong>abelhas</strong>, como a<br />

BORÁ (Tetragona clavipes) são muito agressivas quando suas colmeias são<br />

abertas. Apesar disso, algum tempo depois, digamos 30 ou 40 minutos, é possível<br />

trabalhar com elas <strong>sem</strong> véu. Contudo, a colmeia não deve permanecer aberta, à<br />

espera de que a colônia se acalme, pois isso certamente atrairia <strong>abelhas</strong> ladras<br />

numa escala desastrosa e perigosa. Não use fumaça para acalmar Meliponíneos<br />

agressivos, pois o efeito pode ser o oposto do desejado. Além disso, é um<br />

equipamento desnecessário para lidar com essas <strong>abelhas</strong>. Monsenhor Huberto<br />

Bruening (1990 p.100) aconselha a borrifar água nas <strong>abelhas</strong> (JANDAÍRAS<br />

NORDESTINAS, M. subnitida) quando é necessário acalmá-las. Segui essa<br />

orientação com sucesso, para afastar <strong>abelhas</strong> africanas (Apis mellifera scutellata)<br />

que estavam em grande número procurando entrar na colmeia de uma colônia<br />

recém transferida de URUÇU AMARELA DO PLANALTO CENTRAL<br />

(Melipona rufiventris rufiventris).

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