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Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

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O NÉCTAR, A SEIVA, O MELATO, O MEL E AS SUAS COLHEITAS 251<br />

muito, mas é preciso lembrar que havia ali uma plantação de quineiras. Existem lá<br />

áreas relativamente abertas, o que favorece as Apis mellifera. Embora produzindo<br />

mel em pequenas quantidades, os Meliponíneos têm um papel a de<strong>sem</strong>penhar<br />

como fornecedores desse produto natural. Quem cria essas <strong>abelhas</strong> espera, ao<br />

menos algum dia, saborear um pouco a doçura inigualável do mel da JATAI<br />

(Tetragonisca angustula) e de outras espécies, que nos sertões tropicais já<br />

deliciaram índios, bandeirantes, caboclos e meladores <strong>sem</strong> conta.<br />

A colheita do mel<br />

As <strong>abelhas</strong> indígenas guardam o mel dentro dos seus ninhos, no interior de<br />

potes feitos de cerume. Somente em 1535, através de Oviedo y Valdes (E.<br />

Nordenskiold, 1929 pp. 180-181) isso foi divulgado no mundo europeu.<br />

Há diversas maneiras de colher o mel <strong>das</strong> <strong>abelhas</strong> indígenas <strong>sem</strong> ferrão. O<br />

modo mais higiênico, consiste principalmente no seguinte:<br />

A - Abrir bem os potes de mel que vão ser objeto de extração.<br />

B - Recolher o mel por meio de um instrumento adequado e depositá-lo em<br />

seguida num recipiente devidamente limpo e esterilizado.<br />

Há vários instrumentos que servem para colher o mel. Assim, passo a descrever<br />

alguns.<br />

O Prof. Marcelo Cabeda é o idealizador de uma maneira interessante de colher<br />

mel de Meliponíneos. Segundo o Prof. Warwick Kerr (1987 pp.20-21) esse<br />

método consiste em usar um "injetor de tempero para carnes", cuja ponta ... "deve<br />

ser cortada para não ter forma de agulha". Ainda segundo o Prof. W. E. Kerr,<br />

"com esse método o Prof. Marcelo Cabeda retirou 400 gramas em cinco minutos,<br />

de um mel limpo". Trata-se, pois, de um método eficiente. Contudo, é difícil<br />

adquirir um "injetor de temperos em carnes", a não ser talvez por indicação de<br />

donos ou gerentes de restaurantes ou açougues.<br />

Para extrair o mel pode ser adaptado também um extrator usado para retirar o ar<br />

que está dentro de sacos plásticos quando são postos ali os alimentos a serem<br />

congelados nos freezers domésticos. Há 2 extratores da marca EXTRAI-AR<br />

ZEMA. Um deles, o menor, é barato, transparente e pode ser limpo com<br />

facilidade. Funciona muito bem, muito melhor que seringas de injeção. O tipo<br />

maior não serve. Peça informações pelo telefone (011) 266-8066, do fabricante.<br />

No Recife (PE), Renato Barbosa, um dos principais líderes dos<br />

meliponicultores de Pernambuco, me mostrou como colhe mel da URUÇU<br />

NORDESTINA (Melipona scutellaris). Dentista de profissão, ele adaptou um<br />

pequeno aspirador de ar, para fazer com facilidade essa colheita. Extrai o ar de um<br />

grande recipiente de vidro, por meio de um tubo que penetra nesse recipiente<br />

através da sua tampa. Outro tubo sai da mesma tampa. Na sua ponta há um<br />

tubinho de vidro, que suga o mel

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