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Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

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74 A QUESTÃO DOS MACHOS DIPLÓIDES<br />

de modelo muito apropriado aos Meliponíneos. (Figura 5). O xarope que utilizo<br />

não tem adicionantes (minerais ou vitaminas). Não sabemos o que poderia ser<br />

uma quantidade excessiva desses adicionantes para uma abelha. Alimentadores<br />

coletivos também não foram usados por mim, embora o tenham sido pelo<br />

Professor Warwick E. Kerr, nas épocas de pouco néctar na região (informação<br />

pessoal). Devo dizer, ainda, que as entra<strong>das</strong> <strong>das</strong> minha colméias estão quase<br />

<strong>sem</strong>pre afasta<strong>das</strong> cerca de 1,00 m ou mais umas <strong>das</strong> outras. Por falta de espaço,<br />

em meliponários de outros pesquisadores essas distâncias costumam ser muito<br />

menores, o que pode causar lutas e rejeições. Além disso, evitei marcar rainhas e<br />

retirei <strong>das</strong> colônias relativamente poucos favos de cria. Não marquei nem<br />

examinei a cria que emerge dos favos. São fatores que podem levar a um estresse<br />

maior ou menor nas colônias.<br />

Reforcei algumas vezes colônias fracas com favos de cria retirados de<br />

colônias fortes irmãs, da mesma população, ou seja do mesmo meliponário.<br />

Assim, não foram introduzidos novos genes alelos na população. Quando se<br />

divide uma colônia, por mais cuidado que se tenha, as vezes uma <strong>das</strong> colônias<br />

resultantes da divisão recebeu menos favos de cria do que deveria. Em<br />

conseqüência fica demasiado fraca e necessita receber outros favos de cria como<br />

reforço. Também ocorre que uma colônia pode ficar fraca devido a certas<br />

mortalidades da cria que nada tem a ver com machos diplóides. Segundo<br />

Conceição A. Camargo (1979 p.81) a cria de machos diplóides de Melipona<br />

quadrifasciata anthidioides (MANDAÇAIA), juntamente com a cria operária, era<br />

97% viável. Isso ao que me parece, significa que 97% dessa cria emergiu ou<br />

estava a emergir <strong>das</strong> células, chegando ao estágio adulto. Nos experimentos que<br />

realizei em São Paulo (SP), aqui já relatados, em 2 casos as colônias de<br />

MANDAÇAIA estavam quase mortas, quando marquei as suas rainhas e lhes dei<br />

favos de<br />

Fig. 5 - Colméias PNN deste tipo foram usa<strong>das</strong> nos experimentos, de<br />

endocruzamento, com colônias de MANDAÇAIA (Melipona quadrifasciata)<br />

(Desenho de France Martin. Pedreira). A entrada da colméia pode ser lateral,<br />

como mostra o desenho.

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