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Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

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COMO FORTALECER AS COLÔNIAS 1 93<br />

experimentaram 4 fórmulas de substitutos de polem. O melhor resultado foi<br />

obtido com uma mistura de 1,5 g de polem da própria espécie de abelha, 20 g de<br />

levedo de cerveja e 30 ml de uma solução de água (50%) e açúcar comum (50%),<br />

tudo fermentado numa incubadora por 15 dias a 28-30°C. Essa mistura, não<br />

fermentada, deu um resultado quase igual à amostra testemunha (polem + solução<br />

de sacarose). Os autores do referido trabalho discutiram amplamente a questão.<br />

A alimentação artificial com produtos diversos<br />

Um ou mais autores gregos desconhecidos, cujos trabalhos foram atribuídos a<br />

Aristóteles, já aconselhavam a dar líquidos doces às colônias da abelha européia<br />

que estives<strong>sem</strong> com pouca comida (H. M. Fraser, 1951 p-25). Na antiga Roma, a<br />

alimentação artificial <strong>das</strong> <strong>abelhas</strong> era recomendada por Varro, Columella e Plínio<br />

(H. M. Fraser, 1951 PP-45, 46, 56, 62, 79).<br />

Na Austrália, T. Rayment (1932 p.ll) escreveu que os Meliponíneos, tal como<br />

as Apis mellifera, vivem normalmente e até põem ovos quando alimentados com<br />

uma mistura de clara de ovo e açúcar. Deve ser um alimento muito bom para as<br />

<strong>abelhas</strong>, pois a clara é rica em proteínas e o açúcar é hidrato de carbono, fonte de<br />

energia.<br />

T. Peckolt (1893 p.580) afirmou que um Trigonini (= Trigona lato senso)<br />

colheu o açúcar posto na tampa da sua colmeia. Algumas <strong>abelhas</strong> chegaram<br />

mesmo a voar carrega<strong>das</strong> desse produto. O açúcar preferido pelas <strong>abelhas</strong> foi o<br />

mascavo, imagino que por ser mais fácil de carregar nas corbículas <strong>das</strong> patas<br />

traseiras.<br />

H. von Ihering (1903 = 1930 p.691) usou torrões de açúcar para alimentar<br />

colônias de Meliponíneos, principalmente do grupo Trigonini (= Trigona lato<br />

senso).<br />

Falharam as tentativas que fiz para alimentar indígenas <strong>sem</strong> ferrão com açúcar<br />

não dissolvido em água. Contudo, as Professoras Me. Suzete Ceccato e a Dra.<br />

Vera Imperatriz-Fonseca usaram com êxito o candi. Consta de aproximadamente<br />

3 partes (peso) de mel de Apis e 5 partes (peso) de açúcar em pó, misturados até se<br />

obter uma consistência firme. Foi inventado na Europa pelo alemão Scholz (Root<br />

& Root, 1959 p.129). O mel de Meliponíneos também foi experimentado com<br />

sucesso na fabricação do candi, pelas referi<strong>das</strong> pesquisadoras.<br />

Em Pernambuco, o Presidente da APIME, Alexandre Moura, me informou que<br />

no Nordeste as colônias de Meliponíneos aceitam bem, como alimento, pedaços<br />

de rapadura colocados dentro <strong>das</strong> suas colmeias.<br />

A alimentação artificial com xarope de água e açúcar<br />

É muito mais prático dar às <strong>abelhas</strong> simplesmente água com açúcar, ao invés de<br />

misturas complexas e difíceis de fazer.

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