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Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

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A QUESTÃO DOS MACHOS DIPLÓIDES 67<br />

Nogueira-Neto, apud Fatima do Rosário Naschenveng Knoll, 1986). Penso que a'<br />

grande maioria, senão quase todos os meliponicultores, já encontraram espécies<br />

de Meliponineos que somente existem em número muito pequeno, aqui e ali. Isso<br />

contraria a teoria do número mínimo-necessário de 44 colônias, exposta pelo<br />

Professor Warwick E. Kerr.<br />

Por outro lado (Nogueira-Neto, 1990-a; 1990-b; 1993; 1995), apresentei<br />

idéias diferentes dessa teoria <strong>das</strong> 44 colônias e inicialmente diferentes também do<br />

princípio clássico de Whiting. Reconheço porém que esse princípio é válido<br />

quando há situações de estresse. A meu ver há uma ampla interação genéticaambiental-hormonal<br />

que pode evitar nas <strong>abelhas</strong> nativas a produção de machos<br />

diplóides. Essa nova visão ou teoria (como queiram), que aperfeiçoei<br />

recentemente (Nogueira-Neto, 1995) e que também apresento aqui, explica a<br />

viabilidade de pequenas populações bem adapta<strong>das</strong> ao clima e a outras<br />

circunstâncias locais ou gerais favoráveis. Tudo isso estará exposto, de modo mais<br />

amplo e detalhado no livro "Algumas estratégias ecológicas dos Meliponineos -<br />

<strong>abelhas</strong> tropicais e subtropicais <strong>sem</strong> ferrão".<br />

Houve dois memoráveis "Encontros Sobre Abelhas" em Ribeirão Preto,<br />

com o comparecimento de muitas pessoas. Foram realizados em junho de 1994 e<br />

em junho de 1996 no campus local da USE Nessas reuniões, com a presença do<br />

prezado amigo Professor Warwick E. Kerr, tive ocasião de expor e de ouvir dele<br />

seus pontos de vista sobre essa questão, em debates de alto nível.<br />

Trata-se, a meu ver, de um assunto de capital importância para a<br />

meliponicultura. Se o Professor Warwick Kerr estiver certo, nesse caso a criação<br />

de várias espécies dessas <strong>abelhas</strong> seria praticamente inviável, em inúmeros<br />

lugares, pela dificuldade ou impossibilidade de obter 44 colônias de espécies raras<br />

ou pouco comuns. Isso, bem entendido, se a teoria <strong>das</strong> 44 colônias estivesse certa<br />

(penso que não está).<br />

Desde 1990 estou fazendo experimentos de endocruzamentos<br />

(cruzamentos consangüíneos). Esses experimentos estão sendo realizados nos<br />

meus meliponários de Itanhaém (SP), São Paulo (SP), Campinas (SP),<br />

Cosmópolis (SP), São Simão (SP) e Luziânia (GO). Os resultados obtidos foram<br />

muito favoráveis à minha expectativa teórica. Isso mesmo <strong>sem</strong> computar os<br />

endocruzamentos realizados em princípios de 1997, ainda em observação inicial.<br />

No livro "Algumas estratégias ecológicas dos Meliponineos - <strong>abelhas</strong> tropicais e<br />

subtropicais <strong>sem</strong> ferrão", serão apresentados mais dados sobre esses<br />

experimentos. A idéia básica, que está sendo testada, consiste em saber se é ou<br />

não é possível estabelecer uma população de diferentes espécies de Meliponineos,<br />

em regiões onde elas são nativas, ou em regiões próximas, a partir de uma ou duas<br />

ou algumas colônias iniciais, conforme será exposto mais adiante. Um dos<br />

experimentos (em Luziânia, GO) foi realizado com a MANDAÇAIA (M.<br />

quadrifasciata quadrifasciata) longe da área onde ela é nativa. Está sendo<br />

repetido.<br />

Um breve resumo do estado dos experimentos que realizei e completei

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