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Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

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A ARQUITETURA DOS NINHOS 55<br />

extensões. Isso foi observado na MIRIM REMOTA (Plebeia remota). A Prof.<br />

Vera Lucia Imperatriz-Fonseca (informação pessoal), no outono observou a<br />

existência nessa abelha, de invólucros de lamelas de cerume, no entorno de favos<br />

de cria com pupas. Tenho notado que na TIÚBA (Melipona compressipes) o<br />

invólucro é bastante reduzido. Há ainda outros casos, como o da MIRIM<br />

PREGUIÇA {Friesella schrottky), que constrói favos compactos e também células<br />

de cria soltas. Essa espécie nunca faz um invólucro. O mesmo pode ser dito da<br />

JATAI NEGRA {Scaura longula), que segundo descobri, constrói favos de cria<br />

verticais (P. Nogueira-Neto, pp. 15-17).<br />

Considero haver dois tipos de invólucro: - endoinvólucro e exoinvólucro.<br />

O primeiro está no entorno dos favos de cria. O exoinvólucro, como o nome<br />

indica, é o que está em contato com o exterior, constituindo o envoltório ou capa<br />

externa do ninho. Os termos endoinvólucro e exoinvólucro foram usados pela<br />

primeira vez em 1962 (Nogueira-Neto 1962-B p.324). A Prof. Vera Lucia<br />

Imperatriz-Fonseca (informação pessoal) observou haver na MIRIM-SEM-<br />

BRILHO (Paratrigona subnuda), um exoinvólucro impermeável nos ninhos<br />

dessas <strong>abelhas</strong> subterrâneas. João M. F. Camargo (1974 pp.455-457, 462, 464) viu<br />

na espécie também subterrânea GUIRUÇU (Schwarziana quadripunctata) um<br />

invólucro externo que no decorrer do tempo se torna mais duro e espesso. Está<br />

afastado <strong>das</strong> paredes da cavidade subterrânea. Há também um invólucro interno,<br />

composto por lamelas mais finas.<br />

Veja o invólucro nas figuras 3 e 4 e ausência de invólucro na figura 6 B.<br />

Bibliografia especial<br />

- E. T. Bennett (com notas do Capt. Beechey, 1831 = 1868 p.25)<br />

- C. Raveret-Watel, 1875 p.741<br />

- A. Tomaschek, 1880 p.60<br />

- H. J. Hockings, 1884 pp.152,153<br />

- H. von Ihering 1903= 1930 pp.655-656<br />

- J. Mariano-Filho, 1911 pp.38-39<br />

- F. Müller, 1921 p.283<br />

- C. D. Michener, 1961 pp. 6,10, 22<br />

- P. Nogueira-Neto, 1962-B p.324; 1962-C p.56l; 1992 pp.15-17<br />

- E Nogueira-Neto & S. F. Sakagami, 1966 pp. 189-192<br />

- A. Wille & C. D. Michener, 1973 pp.91-93<br />

- J. M. F. Camargo, 1970; 1974 pp.455-457, 462, 464; 1980 p.12<br />

- P. Nogueira-Neto, 1992 pp. 16-19

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