11.02.2014 Views

Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

CAPÍTULO 26<br />

AS PROPRIEDADES ANTIBIÓTICAS DO MEL<br />

263<br />

Considerações gerais<br />

Neste Capítulo estamos nos referindo ao mel de <strong>abelhas</strong> em geral e<br />

principalmente ao mel da Apis mellifera. Quando me refiro aqui aos méis de<br />

Meliponíneos, faço uma menção expressa a esse fato.<br />

A primeira menção à presença de antibióticos nos méis de Meliponíneos, foi a de<br />

M. Gonnet, Pierre Lavie e Paulo Nogueira-Neto (1964). Quanto ao mel da abelha<br />

européia (Apis mellifera), segundo J. H. Dustmann (1979 p-7) o holandês B. A.<br />

van Ketel, em 1892, foi o primeiro que "demonstrou que o mel possui<br />

propriedades bacterici<strong>das</strong>". A publicação mais detalhada e ampla sobre o assunto,<br />

nas <strong>abelhas</strong> indígenas <strong>sem</strong> ferrão e nas <strong>abelhas</strong> Apis mellifera africaniza<strong>das</strong> foi a<br />

de Marilda Cortapassi-Laurino & Dilma S. Gelli, em 1991. No que se refere às<br />

<strong>abelhas</strong> em geral, em 1992 Peter Molan apresentou uma revisão muito boa da<br />

literatura existente. São esses os 2 trabalhos básicos sobre o assunto. Recomendo<br />

sua leitura.<br />

Quero novamente explicar que quando me refiro às Apis mellifera africaniza<strong>das</strong><br />

isso significa que se trata <strong>das</strong> Apis mellifera que pertencem, basicamente, à<br />

subespecie scutellata, que hoje ocorre praticamente em to<strong>das</strong> as áreas verdes da<br />

América tropical e subtropical, do Sul do Texas à Província de Buenos Aires,<br />

inclusive.<br />

Certas espécies de Meliponíneos têm freqüentemente hábitos sujos, procurando<br />

excrementos de vertebrados como material de construção, ou lambendo o canto<br />

dos olhos ou o suor humano, etc. Esse tipo de problema, nos Meliponíneos e na<br />

Apis mellifera está exposto no Capítulo 25 sobre os "Hábitos anti-higiênicos de<br />

certas <strong>abelhas</strong>". É o capítulo anterior a este.<br />

Estudos e pesquisas<br />

Nesse contexto é importante saber se as bactérias e outros microorganismos<br />

patogênicos poderiam se manter vivos no mel dos Meliponíneos. Para esclarecer<br />

algo sobre essa questão (Nogueira-Neto, 1953 pp.179-185) solicitei ao Dr. V. O.<br />

Guida, do Instituto Biológico de São Paulo, que fizesse algumas experiências com<br />

o bacilo causador do

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!