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Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

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CARACTERÍSTICAS DIVERSAS, DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA E ACLIMATAÇÃO<br />

37<br />

Setor de Abelhas, Departamento de Biologia, Faculdade de Filosofia,<br />

Ciências e Letras, Campus de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo -Av.<br />

Bandeirantes 3.900 CEP 14040-901 Ribeirão Preto (SP).<br />

A distribuição geográfica<br />

Os Meliponineos ocupam grande parte <strong>das</strong> regiões de clima tropical do<br />

planeta. Ocupam, também, algumas importantes regiões de clima temperado<br />

subtropical. Assim, essas <strong>abelhas</strong> são encontra<strong>das</strong> na maior parte da América<br />

Neotropical, ou seja, na maioria do território Latino-Americano. Os pontos mais<br />

ao Sul estão numa área central da Argentina (Arizona, Província de San Luis). Na<br />

Federação Brasileira, o limite austral está no Rio Grande do Sul, nas proximidades<br />

do Uruguai. Também nas Américas, os pontos mais ao Norte estão no Estado<br />

Mexicano de Sonora, próximos dos USA. Nas ilhas do Caribe, ocorrem em Cuba,<br />

Jamaica, Guadalupe, Montserrat, Dominica, Trinidad. Na África, vão dos países<br />

do Sul do Sahara, até o Transvaal, na África do Sul. Encontrei-as no Planalto de<br />

Nairobi, de clima ameno, no Kenya. Na Federação Australiana vivem na sua<br />

metade Norte, aproximadamente. Do Sul da Índia se estendem ao Estado de Uttar<br />

Pradesh, no sopé do Himalaia, no Norte da Federação Indiana. Ocupam também o<br />

Sudeste da Ásia e não seria surpresa se estiverem no Sul da China. Habitam a ilha<br />

de Taiwan. Outros dados podem ser também encontrados nos trabalhos de Herbert<br />

F. Schwarz, nos do Prof. Pe. Jesus S. Moure, nos do Prof. C. D. Michener, nos do<br />

Prof. J. M. F. Camargo e nos do Prof. S. F. Sakagami.<br />

Já existiram <strong>abelhas</strong> Plebeia sp e Proplebeia (MIRINS) entre 25 e 40<br />

milhões de anos atrás. Seus fósseis foram conservados em âmbar (resina fóssil) e<br />

encontrados na atual República Dominicana, no Caribe. Houve Trigona na Sicília,<br />

há 30 milhões de anos, também encontrada em âmbar (George Poinar Jr., 1994<br />

p.71).<br />

Pretendo investigar a presença de Meliponineos no Uruguai, de onde J. M.<br />

Perez (1895) teria recebido uma colônia, Procurei essas <strong>abelhas</strong> a cerca de 40 km<br />

ao Sul do Arroio Chuí, em território uruguaio, nas flores junto a uma pequena<br />

floresta, no parque histórico de Santa Thereza, mas não as encontrei. Contudo, é<br />

necessário pesquisar mais, principalmente ao longo da fronteira Norte do Uruguai.<br />

Lá perto, mas no Rio Grande do Sul, Dieter Wittmann e Magali Hoffman (1990 p.<br />

28) encontraram a Plebeia wittmanni em Uruguaiana, Canguçú, Pelotas, etc. e a<br />

Mourella caerulea em Canguçu, Piratini, etc. Vi <strong>abelhas</strong> dessa espécie a alguns<br />

km de Camaquã, às margens do rio desse nome, a 50 km ao Norte de Pelotas. Esta<br />

cidade e o seu grande entorno (Piratini, Canguçú, etc), poderiam ser considerados<br />

um dos baluartes orientais meridionais de Mourella e Plebeia wittmanni e<br />

portanto, dos Meliponineos. Curiosamente, também a IRAPUÁ (Trigona<br />

spinipes), que constrói ninhos externos, aparentemente mais vulneráveis ao frio, é<br />

encontrada em Piratini,

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