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Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

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90 ALGUMAS CAPACIDADES E ATIVIDADES BÁSICAS<br />

Do ovo ao adulto<br />

Para o meliponicultor é importante saber quantos dias leva o<br />

desenvolvimento da cria, do ovo ao adulto. Os dados mais antigos, que têm<br />

servido de base para mim e para outros, foram apresentados por Warwick Kerr<br />

(1949 P-44). Assim, nos seus primeiros 5 dias, a cria se desenvolve dentro do ovo,<br />

como embrião. Depois começa o período larval, que segundo esse autor dura 13<br />

dias. Em seguida, o período pupal dura 18 dias. Finalmente, 36 dias após a postura<br />

do ovo pela mãe, a pupa sai da sua célula de cria e passa a ser um inseto adulto.<br />

A meu ver o período larval dura 12 dias. Depois, a larva grande deve ser<br />

considerada como pré-pupa, na ocasião em que começa a tecer o seu casulo de<br />

seda (de um tipo especial). Passados cerca de 2 ou 3 dias, a pré-pupa inicia o<br />

período pupal propriamente dito. O número total de dias, do ovo ao adulto, são os<br />

mesmos 36 dias relatados pelo Professor Warwick Kerr.<br />

É preciso, porém, considerar a duração dessa fase de cria como muito<br />

variável, não somente dentro de uma espécie, mas também entre uma espécie e<br />

outra. A duração em número de dias, acima referida, tem por base o que ocorre<br />

em colônias fortes de MANDAÇAIA (Melipona quadrifasciata). Contudo, em<br />

colônias fortes de outras espécies, como por exemplo nas MARMELADAS ou na<br />

BREU e afins (Frieseomelitta spp) a meu ver a duração da fase de cria é maior.<br />

Trata-se, diga-se de passagem, de um gênero que não constrói invólucro, estrutura<br />

que em muitos Meliponíneos envolve o conjunto <strong>das</strong> suas células de cria. O<br />

invólucro conserva o calor, até certo ponto, o que normalmente favorece o<br />

desenvolvimento da cria. Sobre a conservação do calor, veja também no capítulo<br />

15, o subcapítulo sobre os caixotes de proteção, bem como as figuras 7-B e 11-H<br />

deste livro.<br />

A comunicação entre as <strong>abelhas</strong> campeiras<br />

Desejo salientar que as espécies de Meliponíneos têm também sistemas de<br />

comunicação, para alertar e indicar às suas companheiras de ninho onde estão as<br />

flores cujo néctar e ou polem devem coletar, onde se encontram argila e própolis<br />

disponíveis, onde existe um lugar adequado ao estabelecimento de um novo<br />

ninho, etc.<br />

De um modo geral, sabe-se que mesmo os Meliponíneos pequenos alertam<br />

seus companheiros de ninho sobre a existência de fontes de alimento e de outros<br />

lugares. Martin Lindauer (apud Warwick E. Kerr, 1960), foi o primeiro a estudar a<br />

comunicação entre os Meliponíneos. Verificou que na espécie então chamada<br />

Trigona iridipennis F. Smith, na Índia, as <strong>abelhas</strong> que regressam ao ninho<br />

trazendo néctar, alertam membros da sua colônia, correndo em zig-zag e batendo<br />

com a cabeça ou com outras partes do corpo, em <strong>abelhas</strong> que lã estão.<br />

Martim Lindauer & Warwick E. Kerr (1960 p. 34-36) verificaram que

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