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Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

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94 ALGUMAS CAPACIDADES E ATIVIDADES BÁSICAS<br />

Outros autores também viram e discorreram sobre a enxameação. Warwick<br />

E. Kerr (1951 p.273) foi o primeiro a constatar que na JATAÍ (Tetragonisca<br />

angustula) as <strong>abelhas</strong> transportam o polem da colônia-mãe para a colônia-filha, na<br />

sua vesícula melífera (papo), ou seja, os grãos de polem estariam suspensos num<br />

meio líquido. Warwick E. Kerr (1951 p. 171-277) fez uma série de observações<br />

pioneiras sobre a enxameação, na sua tese de 1950, publicada em 1951. Nesse<br />

valioso trabalho, W E. Kerr citou o meu manuscrito sobre o assunto, também<br />

pioneiro, enviado em 1948 para publicação nos Arquivos do Museu Nacional, o<br />

que porém somente ocorreu em 1954, já ampliado. Contudo, antes disso,<br />

publiquei (Nogueira-Neto, 1951 p-75) um breve resumo sobre os princípios<br />

básicos da enxameação.<br />

Roger Darchen (apud S. F. Sakagami 1982 p.387) observou em 1977 o<br />

processo de enxameação <strong>das</strong> <strong>abelhas</strong> africanas Hypotrigona spp, no Gabão. Além<br />

da seqüência normal existente nesses casos, Roger Darchen notou em certa<br />

ocasião um rápido aumento de <strong>abelhas</strong> jovens presentes no novo ninho, com a<br />

realização de construções adicionais. Além disso, esse autor salientou a chegada<br />

da rainha virgem acompanhada de centenas de <strong>abelhas</strong> operárias de várias idades.<br />

Vera L. Imperatriz-Fonseca (1977 p.176), observando colônias de<br />

Paratrigona subnuda Moure (MIRIM DA TERRA) num processo de<br />

enxameação, verificou que havia na colônia-mãe 6 ou mais rainhas virgens.<br />

Muitas estavam ativas. Durante 5 dias houve "notável movimentação externa". No<br />

6 o dia começou o transporte de materiais a partir dessa colônia. Muitas operárias<br />

deixaram a colônia às 11:50 h, seguindo a rainha virgem mais atrativa. Duas<br />

outras rainhas virgens também saíram da colônia-mãe, segui<strong>das</strong> por operárias.<br />

Dentro da colméia e no exterior, junto à entrada principal, não havia grupos de<br />

machos. Os trabalhos da Professora Dra. Vera Lucia Imperatriz-Fonseca, sobre as<br />

rainhas virgens e suas atividades, são muito importantes. Veja na Bibliografia<br />

deste livro.<br />

Shoichi F. Sakagami (1982 pp.385-388) fez um excelente capítulo sobre a<br />

enxameação na sua monografia sobre os Meliponíneos. Comentou os principais<br />

trabalhos existentes sobre o assunto e também apresentou fotografias suas, sobre a<br />

enxameação em Tetragonisca angustula (JATAÍ), mostrando construções<br />

realiza<strong>das</strong> por essa abelha depois da ocupação de um oco.<br />

Na Indonésia, na parte central da Ilha de Sumatra, Tamiji Inoue, Shoichi F.<br />

Sakagami, Siti Salmah e Shoichi Yamane (1983) observaram processos de<br />

enxameação no Meliponíneo Tetragonula laeviceps. Inicialmente, nos casos<br />

observados, durante alguns dias ou no máximo durante 17 dias, as <strong>abelhas</strong><br />

escoteiras procuraram locais para construírem ninhos. Elas traziam própolis,<br />

consigo.<br />

Segundo esses autores, um aglomerado de <strong>abelhas</strong> que voavam junto a<br />

uma colônia-mãe, deslocou-se para a frente da sua colônia-filha, a cerca de 20 m<br />

de distância. Após 3 horas entraram no novo ninho,

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