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Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

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ALGUNS MÉIS, MELATOS E SAMORAS/SABURÁS (PÓLENS) TÓXICOS PARA<br />

PESSOAS<br />

As crianças que estão com botulismo intestinal infantil, podem apresentar também<br />

alguns sintomas especiais, como a perda do controle dos movimentos da cabeça (G.<br />

Sakagushi, 1979 p.395). Além disso, segundo outro estudo, uma constipação intestinal<br />

(falta de movimentos intestinais por 3 dias ou mais), ptosis (queda da pálpebra superior<br />

do olho), oftalmoplegia, flacidez da musculatura facial e uma paralisia progressiva e<br />

simétrica que em casos graves chega a uma paralisia respiratória, são sintomas de<br />

botulismo infantil (FDA Drug Bulletin 1981 vol. 11 (2) p.11-12). Segundo a mesma<br />

fonte, entre 1975 e 1980 um total de 188 casos foram identificados nos Estados Unidos<br />

da América, tendo sido comunica<strong>das</strong> 4 mortes. Isso significa que a grande maioria <strong>das</strong><br />

vítimas de botulismo intestinal infantil se recupera. Para G. Sakaguschi (1979 p.397) o<br />

tratamento <strong>das</strong> crianças consiste em "cuidados de apoio", ou seja, uma terapia de<br />

suporte. A isso pode ser acrescentado, como nos demais casos de botulismo, que<br />

havendo dificuldades respiratórias é importante manter a respiração (por ventilação<br />

pulmonar) com equipamentos hospitalares adequados.<br />

Para eliminar colônias de bactérias produtoras de toxina botulínica, em ferimentos e<br />

também nos casos de botulismo infantil, pois nos menores de 1 ano a micro-flora é<br />

deficiente, "antibióticos são necessários" (Abigail A. Salyers & Dixie D. Whit, 1944 p.<br />

136). Contudo, para neutralizar a toxina já produzida, deve-se empregar a anti-toxina<br />

apropriada com os devidos cuidados e a urgência que for possível. Além do C.<br />

botulinum, também C. butyricum e C. baratti produziram toxina botulínica no intestino<br />

(op. cit. pp. 132-133, 136). A microflora, diga-se de passagem, também pode ser<br />

chamada de microbiota, como me sugeriu a Bióloga Dilma S. Gelli. E porém, um nome<br />

pouco usado, embora mais apropriado.<br />

Como já foi explicado, está muito bem comprovada a presença de esporos do<br />

Clostridium botulinum em algumas amostras de méis de Apis mellifera. Sabe-se, além<br />

disso, pelo excelente trabalho apresentado por E. Jeffery Rhodehamel, N. Rukma<br />

Reddy & Merle D. Pierson (1992 pp. 125-129) que quase todos os casos de botulismo<br />

intestinal infantil em que foi investigado o tipo de Clostridium botulinum, os<br />

responsáveis foram os tipos A e B. O tipo A ocorre na Federação Brasileira, onde foi<br />

bem identificado inclusive em Porto Alegre (RS), por Manuel José Pereira-Filho (1958<br />

pp.52-62), quando morreram 7 pessoas adultas que ingeriram conserva de peixe. Esse<br />

autor é Professor de Microbiologia e contou com a colaboração de Edu Dias Silveira e<br />

Milton da Costa Carvalho, ambos microbiologistas. Os tipos A e B foram também<br />

constatados na Federação Brasileira pelo Instituto Adolfo Lutz.<br />

H. Nakano, H. Kizaki e Geinji Sakaguchi (1994) inocularam esporos de C.<br />

botulinum em Apis mellifera mortas. Após incubação por 10 dias, houve por abelha<br />

morta, até cerca de 10 milhões de esporos, quando foram inoculados até 10 mil esporos,<br />

em conjunto com B. alvei. Segundo esses autores, <strong>abelhas</strong> contaminariam o mel bruto<br />

centrifugado, ao cairem no mesmo. Essas <strong>abelhas</strong> mortas saem na filtração, mas<br />

esporos permanecem no mel.

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