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Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

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208 A DIVISÃO DAS COLÔNIAS<br />

JANDAÍRA NORDESTINA (Melipona subnitida). Segundo as palavras desse<br />

ilustre meliponicultor, deve-se "... tirar a mestra dum cortiço, colocar no novo,<br />

com um pote de saburá (polem) e trocar de lugar (o novo no lugar do velho) e<br />

pronto. Às vezes pega num minuto. Já situei assim 20 numa hora. E só ter rainhas<br />

disponíveis, ser tempo propício". Esse método é praticamente igual ao método B<br />

referido por Salzedo.<br />

David Said Aidar (1996 pp.45-65, 88-90) apresentou 3 métodos para a<br />

multiplicação de colônias de MANDAÇAIA (Melipona quadrifasciata): A -<br />

colônias novas com rainha poedeira desde o início; B - colônias novas<br />

inicialmente <strong>sem</strong> rainha poedeira; C - acasalamento e cuidados especiais em<br />

laboratório. Cada colônia recebeu pelo menos 1 favo com 100 casulos; 100<br />

<strong>abelhas</strong> jovens; 100 campeiras. Trata-se de métodos, especialmente o C,<br />

desenvolvidos com técnica especial e análise estatística.<br />

Os procedimentos para a divisão<br />

Apresento as técnicas gerais, simples e eficientes, que desenvolvi com o novo<br />

tipo de colmeia em cerca de 150 divisões de colônias de Meliponíneos (1990-<br />

1997):<br />

A - No Sul, Sudeste e Centro Oeste da Federação Brasileira a divisão <strong>das</strong><br />

colônias deve ser feita na parte mais quente e chuvosa do ano, nos meses de<br />

outubro a março. No Nordeste <strong>sem</strong>i-árido, segundo Monsenhor Huberto Bruening<br />

(1990 p.15), a "oportunidade para multiplicar as famílias" está na "entrada do<br />

inverno (estação chuvosa, no NE), não do meio para o fim. A razão é óbvia. Se o<br />

inverno dura apenas 3 meses e o ciclo evolutivo da JANDAIRA dura 45 dias, não<br />

vale a pena principiar um núcleo quando a florada vai para o fim". Segundo o<br />

diário do referido autor (op.cit.) a estação chuvosa em Mossoró (RN) começa<br />

geralmente em janeiro e fevereiro, às vezes em março.<br />

No Sul e Sudeste da Federação Brasileira, em relação ao tempo frio, a cria deve<br />

ficar <strong>sem</strong>pre bem protegida, principalmente nos primeiros tempos da nova<br />

colônia. É necessário lembrar, também, que nessa época há menos rainhas de<br />

reserva em Melipona, segundo verificou o Prof. Warwick Kerr (1946 p.308), no<br />

Estado de São Paulo. Por outro lado, em período de seca forte poderia faltar<br />

polem e néctar.<br />

Em Pernambuco, segundo Mariano-Filho (1911 p.47) a multiplicação artificial<br />

era realizada no ano todo. Seria na Região da Mata.<br />

Na Amazônia, onde chove quase que o ano todo, a melhor época deve ser o<br />

período com menos chuva, segundo V C. Araújo (apud Aguilera-Peralta, 1985<br />

seção 2-1-2). Nessa região, a época com menor pluviosidade vai de junho a<br />

novembro. Na Amazônia, quando chove demais é difícil lidar com as <strong>abelhas</strong>.<br />

Além disso, é de se presumir que as chuvas molhem excessivamente as flores,<br />

tornando mais difícil a procura de alimentos. O mais prático, em caso de dúvida, é<br />

simplesmente indagar de meladores locais quais os meses em que eles têm visto as<br />

<strong>abelhas</strong> indígenas

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