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Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

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342 AS MORTALIDADES DA CRIA<br />

diplóides". Conceição Camargo (1979 P-81) observou que a cria constituída por<br />

machos diplóides se desenvolve normalmente até o estado adulto. Além disso<br />

constatou que a porcentagem desses machos é geralmente equivalente (50%) à de<br />

fêmeas diplóides e está bem distribuída entre as células do favo de cria onde se<br />

encontram presente. Nenhuma dessas 3 condições observa<strong>das</strong> por Conceição A.<br />

Camargo (op.cit.) ocorre com a cria que pereceu na mortalidade da fase de<br />

transição. Além desses argumentos, há um outro decisivo: rainhas que numa<br />

colônia produziram cria que morreu com MFT, quando introduzi<strong>das</strong> em outras<br />

colônias produziram cria normal.<br />

Como pode ver o leitor, é difícil saber exatamente a causa primeira da MFT.<br />

Cappas e Sousa (op. cit.) mostrou que são as operárias as que mordem e matam as<br />

larvas grandes e pré-pupas. Mas por que? Segundo o referido autor seria por<br />

serem de uma "casta indesejada". Seriam machos comuns haplóides ou rainhas em<br />

excesso? Pode ser, pois nos Meliponini as rainhas se criam células iguais às <strong>das</strong><br />

operárias e os machos haplóides podem estar freqüentemente em grupos de<br />

células de cria, como acontece muitas vezes na MFT. Ou estariam as operárias<br />

eliminando larvas grandes ou pré-pupas já enfermas?<br />

A mortalidade de embriões e larvas jovens<br />

Como já expliquei, há uma maneira de saber se a célula falhou muito antes da<br />

cria atingir a fase de pré-pupa. Quando isso acontece, ou seja, quando o ovo gorou<br />

ou a larva jovem morreu, como já expliquei, as paredes <strong>das</strong> células vizinhas à<br />

falha se distendem na direção do centro da célula vazia. Além disso, o fundo da<br />

célula que falhou antes do estágio de pré-pupa, muitas vezes permanece no seu<br />

lugar. É constituído por uma membrana de cerume. Freqüentemente, há restos<br />

abundantes de alimento larval no fundo da célula que falhou cedo. Quando a larva<br />

morreu pouco antes de se transformar em pré-pupa, esses restos de comida são<br />

mais escassos. Contudo, às vezes também há alimento larval seco no fundo de<br />

casulos, recalcado lá com os excrementos da pré-pupa.<br />

Inicialmente, a morte de larvas jovens foi muito menos observada por mim que<br />

a morte de larvas grandes ou de pré-pupas. Já o Prof. Warwick E. Kerr, em<br />

Piracicaba, verificou o contrário e hoje o mesmo ocorre nos meus meliponários,<br />

dos quais a MFT desapareceu. Transcrevendo as palavras do Prof. Warwick E.<br />

Kerr (comunicação pessoal), "há pelo menos duas doenças bem diferentes: numa,<br />

mais comum, a larva morre pequena antes de tecer o casulo. Noutra, mais rara,<br />

morre após tecer o casulo".<br />

Um grande especialista em enfermidades de <strong>abelhas</strong>, o Dr. L. Bailey, não<br />

encontrou bactérias patogênicas na cria jovem morta que retirei de células novas<br />

de URUÇU AMARELA DO MARANHÃO (M. rufiventris

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