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Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

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A TRANSFERÊNCIA PARA A NOVA COLMEIA E ALGUNS CUIDADOS ESPECIAIS<br />

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facilita muito a sua remoção. Use também chaves de fenda 3/16 x 6 e outras<br />

maiores, juntamente com as espátulas, para remover os potes de mel e o conjunto<br />

de favos compactos de cria ou os cachos de células de cria.<br />

E - No caso dos Trigonini, se houver favos compactos de cria ou diversas<br />

células de cria em cacho, junto ou perto de um casulo real, não tente separá-los.<br />

Se a colônia nova de um Trigonini necessitar de uma célula real, leve também as<br />

células de cria vizinhas para a nova colmeia. A transferência <strong>das</strong> células reais para<br />

a nova colmeia, quando estiverem isola<strong>das</strong> ou <strong>sem</strong>i-isola<strong>das</strong>, deve ser efetivada<br />

após a mudança do conjunto dos favos compactos de cria ou <strong>das</strong> células em cacho,<br />

como explicarei a seguir. Se a parede da célula real foi acidentalmente aberta em<br />

algum ponto, cuidadosamente coloque ali uma lamela de cerume mole. Já fiz isso<br />

com sucesso, em colônia de MANDAGUARI ou CANUDO (Scaptotrigona<br />

postica).<br />

F - Antes da transferência, no centro da gaveta de baixo da colmeia, coloque 3<br />

ou 4 gravetos (pauzinhos) diretamente na área central do piso da gaveta, onde vai<br />

ser posto o conjunto de favos de cria. Esses gravetos devem ser de um tamanho tal<br />

que permita às <strong>abelhas</strong> circularem debaixo do favo de cria inferior. Se for<br />

necessário ter ali uma peça "J" (taco de madeira) coloque os gravetos sobre essa<br />

peça. Os gravetos, repito, são importantes, pois permitirão às <strong>abelhas</strong> andar por<br />

baixo do favo de cria inferior, para defendê-lo dos ataques <strong>das</strong> larvas dos<br />

Forídeos. Os adultos dessas larvas são pequenas e ágeis mosquinhas. As <strong>abelhas</strong><br />

não poderão impedir o ataque dessas larvas inimigas se forem transferidos favos<br />

de cria amassados ou prensados uns contra os outros.<br />

É <strong>sem</strong>pre necessário que as operárias possam circular livremente em cima, em<br />

baixo e entre os favos de cria. Mariano-Filho (1910 p.18) recomendava, para esse<br />

fim, colocar o ninho sobre 2 sarrafos de 1 cm de altura, na nova colmeia.<br />

Monsenhor Huberto Bruening (1990 p.75) aconselhou a usar para isso "2 trilhos<br />

de pauzinhos junto da entrada" Os piores danos são os causados aos favos de cria<br />

que possuem ovos ou larvas novas de <strong>abelhas</strong>, em células contendo alimento<br />

larval líquido. Constituem o alvo predileto do ataque <strong>das</strong> larvas de Forídeos.<br />

Depois de destruírem esses favos de cria novos, as larvas de Forídeos liquidam os<br />

demais favos. Quando há favos de cria amassados, rompidos ou feridos, o melhor<br />

é guarda-los durante alguns dias num recipiente de plástico com tampa,<br />

acompanhados por certo número de <strong>abelhas</strong>. Coloca-se também no recipiente um<br />

pequeno alimentador (veja o item "J") destinado às <strong>abelhas</strong> acompanhantes. A<br />

tampa pode ter pequenas perfurações ou uma abertura com uma tela fina colocada<br />

ali, para ventilação. Depois de alguns dias, quando as <strong>abelhas</strong> já estiverem<br />

controlando bem a colmeia, esses favos de cria poderão ser devolvidos à sua<br />

colônia. Um procedimento alternativo, que já utilizei e que me parece muito bom,<br />

e mais simples, consiste em retirar os favos de cria danificados e colocá-los dentro<br />

da colmeia de uma colônia forte da mesma espécie, já bem estabelecida. Suas<br />

operárias cuidarão dessa cria, como se fos<strong>sem</strong> amas. Contudo, os favos devem vir<br />

à colônia-ama e depois retornar

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