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Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

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46 OS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO<br />

p.465-467) visitando excrementos de vertebrados, em São Paulo. O mesmo<br />

ocorreu na América Central, com essa abelha segundo W. M. Wheeler (1913 p.5-<br />

6).<br />

Outros usos de excrementos de vertebrados pelos Meliponíneos podem ser<br />

encontrados no Capítulo 25 sobre "Hábitos anti-higiênicos de certas <strong>abelhas</strong>".<br />

A presença de excrementos de vertebrados ou humanos nos ninhos de<br />

<strong>abelhas</strong> representa um sério risco à saúde <strong>das</strong> pessoas que manipularem <strong>sem</strong><br />

cuidado estruturas contamina<strong>das</strong>, ou que ingerirem <strong>sem</strong> pasteurização produtos<br />

guardados nesses ninhos. Insisto na importância de ler o Capítulo 25, sobre "Os<br />

hábitos anti-higiênicos de certas <strong>abelhas</strong>", e o Capítulo 27 sobre " Como<br />

pasteurizar e conservar bem o mel".<br />

Outros materiais usados pelas <strong>abelhas</strong> indígenas <strong>sem</strong> ferrão<br />

Vicente Coelho de Seabra (1799 P-104), pioneiro do estudo científico dos<br />

hábitos dos Meliponíneos, ao se referir a um ninho da IRAPUÁ (=ARAPUÁ para<br />

ele) disse também que a "grossa crusta" ou capa dessas <strong>abelhas</strong> contêm também<br />

"pedaços de pau misturados".<br />

Nos anos 60-70, recebi várias vezes colônias de JANDAÍRA AMARELA<br />

DE MANAUS {Melipona <strong>sem</strong>inigra merrilae Cockerell) vin<strong>das</strong> da Capital<br />

Amazonense. Esses ninhos tinham no seu batume de geoprópolis algumas<br />

<strong>sem</strong>entinhas. Não sabia do que se tratava. O mistério foi decifrado num trabalho<br />

de Maria Lucia Absy & Warwick E. Kerr (1977 pp.309, 313). Esses autores,<br />

estudando a carga transportada por 267 <strong>abelhas</strong> da referida espécie, verificaram<br />

que 104 (39%) transportavam látex do fruto de Vismia (lacre), "inclusive com<br />

<strong>sem</strong>entes", bem como barro e resinas.<br />

Mais tarde, no Panamá e na Amazônia, David W. Roubik (1989 p.28)<br />

verificou que a Melipona fuliginosa Lepeletier constrói grande parte do seu ninho<br />

com resina e <strong>sem</strong>entes de Vismia. Esse material é constantemente depositado no<br />

tubo de entrada da referida abelha. Pela excelente fotografia apresentada, pude<br />

reconhecer as <strong>sem</strong>entes que tinha visto antes. A resina, quando nova, segundo<br />

esse autor é de coloração vermelha-viva.<br />

No meu meliponário em Xapuri, Acre, via URUÇU ROXA DE XAPURI<br />

{M. <strong>sem</strong>inigra subsp.) trazer própolis vermelho com <strong>sem</strong>entes de Vismia.<br />

David W. Roubik (1989 p. 29) viu também látex ser colhido <strong>das</strong> folhas de<br />

Ficus elastica por <strong>abelhas</strong> do gênero Scaptotrigona (para ele subgênero), mas não<br />

entrou em detalhes.

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