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Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

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AS MORTALIDADES DA CRIA 333<br />

Segundo o Professor Warwick E. Kerr (informação pessoal, 1960), a<br />

mortalidade que atinge as pré-pupas é diferente da que se observa em larvas que<br />

ainda não alcançaram esse estágio. Penso ser mais exato dizer que a morte <strong>das</strong><br />

larvas grandes e <strong>das</strong> pré-pupas teria a mesma causa, diferindo contudo da<br />

mortalidade <strong>das</strong> lanas jovens. Isso, porém, é apenas uma opinião. Nessa matéria<br />

ainda há muito que investigar.<br />

As observações de diversos autores<br />

Em terras da Ásia, na Indonésia atual, Jacobson (in W. A. Schulz, 1907 pp.66-<br />

67) viu uma colônia de Meliponíneos jogar fora larvas grandes. Provavelmente<br />

elas estavam em células de cria lesa<strong>das</strong>. Ou pelo menos o texto pode permitir tal<br />

interpretação. Se isso for exato, não se trataria de enfermidade.<br />

Felipe Poey (1852 p.167) escrevendo sobre o único Meliponíneo existente em<br />

Cuba, a Melipona beecheii, disse que as <strong>abelhas</strong> de uma colônia "estuvieron todo<br />

el mês sacando grandes pedazos de polem y cuerpos de larvas". Seriam larvas de<br />

Forídeos ou de Meliponíneos? Seria cria morta e seu alimento larval alterado?<br />

Nunca saberemos.<br />

Tarlton Rayment (1932 p.252) manteve ao ar livre uma colônia de um<br />

Trigonini ( = Trigona lato senso), durante o inverno de 1931, no Estado de<br />

Vitória, Austrália. Em agosto a colônia estava populosa, mas diariamente os<br />

exemplares adultos transportavam para fora "... um grande número de <strong>abelhas</strong> que<br />

tinham morrido logo antes de alcançar o desenvolvimento completo". Nesse caso<br />

"a cria não podia sobreviver às baixas temperaturas". Não havia "... nenhuma<br />

outra notícia de uma colônia de Trigona que sobrevivesse nesse Estado".<br />

Phil Rau (1933 p.30) apresentou uma fotografia de diversos favos de uma<br />

espécie citada como T. dorsalis (segundo o Prof. Pe. J. S. Moure seria a<br />

Scaptotrigona xanthotricha). Pelo menos quatro falhas podem ser nota<strong>das</strong> na parte<br />

de baixo de um desses favos, cuja cria, pelo que se vê em duas células rompi<strong>das</strong>,<br />

parece ser constituída de pupas ou pré-pupas. Na foto de um favo contei 310<br />

células de cria. A colônia estava estabelecida em Barro Colorado, ilha que se<br />

formou devido à construção do Canal do Panamá. Hoje existe lá uma famosa<br />

estação biológica, do Smithsonian Institution.<br />

Charles D. Michener (1946 p.194), uma <strong>das</strong> maiores autoridades cm <strong>abelhas</strong><br />

silvestres de todo o mundo, teve ocasião de observar muitas espécies de<br />

Meliponíneos. Abrindo um ninho de uma IRAPUÁ Centro-Americana (Trigona<br />

corvina), no Panamá, ele observou que os "...favos eram irregulares, de modo que<br />

nenhum cruzava completamente a câmara; alguns eram muito pequenos, e muitos<br />

tinham orifícios. Assim, havia ampla oportunidade para a passagem para cima e<br />

para baixo entre os favos". Novamente surge a idéia de falhas servindo de<br />

"passagem", coisa já discutida aqui. C. D. Michener (1964 p.322), na Austrália,

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