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Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

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234<br />

CAPÍTULO 22<br />

LIMITAÇÕES SÉRIAS<br />

EM COLÔNIAS DE ESPÉCIES NÃO NATIVAS<br />

Considerações gerais<br />

Um dos problemas mais graves na meliponicultura é a interrupção ou<br />

deficiência séria da capacidade de reprodução, em colônias de espécies que não<br />

são nativas na região onde está o meliponário. Desejo esclarecer que não me refiro<br />

aqui ao prosseguimento da postura de ovos férteis, pois as rainhas de espécies de<br />

outras regiões, que já vieram fecunda<strong>das</strong>, continuam a por ovos férteis na nova<br />

pátria regional. O assunto deste capítulo é a existência de barreiras fisiológicas e<br />

ecológicas, sobre as quais ainda (1997) sabemos pouco, mas que impedem de<br />

várias maneiras a substituição da rainha poedeira de uma espécie não nativa. Não<br />

havendo essa substituição, a colônia fica órfã e vem a perecer. É na verdade um<br />

caso muito especial de orfandade, que depende basicamente do fato de uma<br />

espécie não ser nativa. Falta saber os detalhes, as causas próximas. Essa questão<br />

merece destaque, devido às suas implicações na meliponicultura.<br />

Desde 1970 (Nogueira-Neto, 1970 p.316) chamei a atenção para o fato de que<br />

os Meliponíneos, na sua grande maioria, estão muito presos às condições<br />

ecológicas <strong>das</strong> áreas onde eles vivem.<br />

A ausência de fecundação<br />

Tive ocasião de verificar, como já disse em outros capítulos, que na espécie<br />

URUÇU do NORDESTE (Melipona scutellaris) mesmo havendo no ninho<br />

rainhas virgens, estas não se acasalaram durante o inverno (estação fria) quando as<br />

suas colônias estavam no meu meliponário de S.Paulo (SP). Nos casos da<br />

URUÇU AMARELA DO PLANALTO CENTRAL (Melipona rufiventris<br />

rufiventris) e da MANDAÇAIA NORDESTINA MENOR (M. mandacaia), além<br />

da presença de rainhas virgens, vi também zangãos nas colmeias, não havendo,<br />

pois, falta de reprodutores. É preciso notar que se trata de <strong>abelhas</strong> de clima quente,<br />

que provavelmente se acasalam em qualquer época do ano, nos lugares onde elas<br />

são nativas.<br />

Além desses casos, mais claros, houve também uma série de outros, nos quais<br />

não foram vistas rainhas virgens e que terminaram também devido ao<br />

desaparecimento <strong>das</strong> rainhas poedeiras. Eram colônias pertencentes a

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