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Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

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138 UMA NOVA COLMEIA RACIONAL PARA MELIPONÍNEOS<br />

(1995 p.110) disse que "es tambien comum observar que nuestros campesinos<br />

tengan colgados del alero de sus vivien<strong>das</strong>, uno o vários hy' a (calabaza) con<br />

colônias de algunas espécies de melipónidos". Também na América Central ouvi<br />

referências ao uso de cabaças como colmeias. Sobre essas e outras colmeias<br />

primitivas, haverá referências mais detalha<strong>das</strong> no meu livro em elaboração, sobre<br />

'As raízes históricas da meliponicultura e os rumos do seu desenvolvimento".<br />

O melhor tipo de colmeia horizontal fixa é constituído por uma caixa comprida<br />

de madeira, dividida em 2 partes por um tabique ou tábua. Em cima dessa tábua<br />

há um espaço vazio para que as <strong>abelhas</strong> possam circular de uma seção para a outra<br />

da colmeia. A parte ou divisão menor é reservada à cria. Os potes ficam na outra<br />

parte. (Figura 12-C). Dei primeiro à essa colmeia o nome de baiana. Recebi uma<br />

colmeia dessas vinda da Serra do Cachimbo (PA) embora originária da Bahia.<br />

Contudo, seria mais acertado chamá-la de Nordestina. No século 19, o naturalista<br />

francês Louis Jacques Brunet já se referia a uma colmeia desse tipo (Raveret-<br />

Wattel, 1875 pp.733,749,755). Ele viveu muito tempo no Rio Grande do Norte e<br />

na Bahia. Nesse último Estado ainda hoje é usada essa colmeia (informação<br />

pessoal <strong>das</strong> Biólogas Msc. Marina Siqueira de Castro e Dra. Blandina Felipe<br />

Viana). Tive ocasião de ver colmeias iguais a essa, na região do Recife, em<br />

Pernambuco. Monsenhor Huberto Bruening (1990 p.126), Mossoró (RN)<br />

escreveu: "nosso caboclo costuma separar o ninho do resto do cortiço por meio<br />

duma tábua". O ninho, nesse caso, era a parte onde estavam os favos de cria.<br />

Trata-se, pois, de uma colmeia desse tipo. Cappas e Sousa (1992 p.54)<br />

desenvolveu em Portugal uma colmeia inspirada no modelo nordestino, mas com<br />

o emprego de cortiça para melhorar as suas condições térmicas.<br />

De Piatã (BA), na Chapada Diamantina, recebi em 1992 duas colmeias<br />

horizontais, tipo ISIS. Abrigavam colônias da URUÇU NORDESTINA<br />

(Melipona scutellaris). Cada colmeia consta de 2 caixas-melgueiras retangulares,<br />

que são postas uma de cada lado de um espaço central, também retangular,<br />

destinado basicamente à cria. Por meio de orifícios, as melgueiras se comunicam<br />

com a área de cria. Todo esse conjunto está dentro de uma caixa externa maior.<br />

Foi-me enviada por Ana Maria Lopes Menezes. Está descrita num pequeno livro<br />

popular de extensão, muito ilustrado e interessante, "Criação de (<strong>abelhas</strong>) <strong>sem</strong><br />

ferrão", de autoria de Ivan Costa e Souza, Maria Amélia Seabra Martins, Rogério<br />

Marcos de Oliveira Alves e colaboradores (1994, pp. 19-21). Nesse livro (loc. cit.)<br />

há também uma descrição e desenho de uma colmeia parecida, chamada MARIA.<br />

Tem melgueiras e área de cria quadra<strong>das</strong> ao invés de retangulares como na ISIS,<br />

quando vistas de cima. Esses mesmos autores, no livro de Warwick E. Kerr,<br />

Gislene A. Carvalho & Vania A. Nascimento (1996 pp.91-111) apresentaram a<br />

colmeia Maria como uma colmeia retangular, dividida parcialmente por tábuas em<br />

3 secções, sendo a central destinada à cria. O autor da colmeia Maria é Ivan Costa<br />

e Souza (op.cit. p.140)

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