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Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

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340 AS MORTALIDADES DA CRIA<br />

intoxicação ou de enfermidade, quer existam um ou mais genes que em certas<br />

condições de ambiente se tornariam letais para as pré-pupas ou para as larvas<br />

grandes.<br />

F - Certas colônias mostram tendências a apresentar a mortalidade da fase de<br />

transição em escala maior que outras colônias. Tenho a impressão de que a<br />

localização da colmeia poderia ser um fator importante.<br />

G - No mesmo ninho em que existe mortalidade da fase de transição, também<br />

pode morrer certa porcentagem de larvas novas. Raramente são vistas células de<br />

cria abertas com larvas jovens mortas. Todavia, a presença de células falha<strong>das</strong>,<br />

com as paredes <strong>das</strong> células vizinhas bem distendi<strong>das</strong> para dentro da falha, pode<br />

indicar que nessas células abertas, ou os ovos goraram ou morreram larvas jovens.<br />

Esse tipo de falhas é freqüentemente notado nos mesmos favos em que há prépupas<br />

mortas. Contudo, não se sabe ainda qual a causa da mortalidade <strong>das</strong> larvas<br />

jovens.<br />

H -Nas colônias de MANDAÇA1A (M. quadrifasciata) a mortalidade cia fase<br />

de transição pode existir num meliponário durante muitos anos. Foi o que observei<br />

aproximadamente de 1948 a 1973, na Fazenda São Quirino, em Campinas (SP).<br />

Contudo, quando recomecei as minhas pesquisas lá, de 1988 a 1996, com o<br />

mesmo estoque genético de MANDAÇAIA, a mortalidade da fase de transição<br />

praticamente não estava mais presente ou era rara. Atribuo isso às técnicas mais<br />

avança<strong>das</strong> de criação dessas <strong>abelhas</strong>, descritas neste livro. Essas técnicas, como o<br />

tipo de colmeia, a alimentação artificial mais abundante, etc. proporcionam aos<br />

Meliponíneos melhores condições de vida. Isso pode ser indicado também pela<br />

maior facilidade com que as colônias têm sido multiplica<strong>das</strong>.<br />

A natureza da mortalidade da fase de transição (MFT)<br />

O Professor Erico Amaral me informou pessoalmente (1961) sobre um favo de<br />

MANDAÇAIA (M. quadrifasciata) contendo muita cria que pereceu devido à<br />

mortalidade da fase de transição, que lhe enviei de Campinas para exame. A Eng.<br />

Agr. microbiologista Sebastiana Joly achou nesse favo um microorganismo<br />

<strong>sem</strong>elhante ao Bacillus larvae White. Este é o causador da AFB = loque<br />

americana. Não foram vistas bactérias associa<strong>das</strong> à loque européia (comunicação<br />

pessoal). Clinicamente, porém, os sintomas não eram os da loque americana. Até<br />

o presente (1997) essa enfermidade aparentemente não foi constatada (?) na<br />

Federação Brasileira. Portanto, deve ser outro Bacillus. Contudo, durante uma<br />

visita quê fiz na Argentina à Estação Experimental do INTA no Delta do Paraná,<br />

em outubro de 1995, a pesquisadora Laura B. Gurini me disse que a loque<br />

americana já é encontrada lá.<br />

A MFT (mortalidade da fase de transição) distingue-se da loque americana<br />

entre outras coisas porque esta última tem um odor pútrido.

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