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Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

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56 A ARQUITETURA DOS NINHOS<br />

Os potes de alimentos<br />

Fora da região de cria, ou às vezes encostados nela, estão os potes feitos de<br />

cerume ou de cera pura (conforme a espécie), nos quais os Meliponineos guardam<br />

os seus alimentos. Jacob Rabi, (apud Marcgrave 1648= 1942 p.259), no Brasil<br />

Holandês, foi o primeiro a mencioná-los. Disse tratar-se de "... bolas que devem<br />

ser quebra<strong>das</strong> para a extração do mel". Quando os favos de cria são do tipo<br />

compacto, costuma haver invólucro e quase <strong>sem</strong>pre os potes estão fora do mesmo.<br />

Geralmente os potes são ovais, ou melhor, ovóides, mas podem ser também quase<br />

esféricos ou irregulares na forma. Se o ninho tem espaço bastante amplo, eles<br />

estão agrupados muito irregularmente. Alguns potes podem também estar<br />

isolados.<br />

A GUIRA (Geotrigona inusitata) apresenta potes cilíndricos, que estão<br />

dispostos como se fos<strong>sem</strong> uma cartucheira ou cinta, num círculo ou <strong>sem</strong>icírculo<br />

em torno dos favos de cria (P. Nogueira-Neto & S. F. Sakagami, 1966 pp.<br />

190,193). As <strong>abelhas</strong> do gênero Frieseomelitta (MARMELADAS, BREU e afins)<br />

na maioria <strong>das</strong> suas espécies constróem potes de polem cilíndricos ou cônicos,<br />

muito mais altos que os potes pequenos e <strong>sem</strong>i-ovóides nos quais é armazenado o<br />

mel.<br />

De um modo geral, os potes de polem se encontram mais próximos aos<br />

favos de cria, que os potes de mel.<br />

Veja os potes de alimento na figura 3.<br />

Bibliografia especial<br />

-Jacob Rabbi, apud Marcgrave 1648 = 1942 p.259<br />

-V Coelho de Seabra, 1799 p.102<br />

-E. T. Bennett (com notas do Capt. Becchey) - 1831= 1868 pp.24-25<br />

-L. Castello-Branco, 1845 p.6l<br />

-F. Müller, apud H. Müller, 1875 pp.44-45<br />

-H. von Ihering, 1903 = 1930 pp.504,505, 656-659<br />

-F. Silvestri, 1904 p. 149<br />

-Jacobson, apud W A. Schulz, 1907 p.66<br />

-C. D. Michener, 1961 p.8<br />

-E Nogueira-Neto & S. F. Sakagami, 1966 pp.190,193<br />

-A. Wille & C. D. Michener, 1973 pp.93-94<br />

-J. M. F. Camargo, 1970; 1974 pp.456-457, 464; 1980 p.12<br />

As câmaras de aprisionamento<br />

Diversas espécies de Trigonini mantêm rainhas virgens prisioneiras, dentro<br />

de câmaras especiais. O Prof. Pe. J. S. Moure foi o primeiro a descobrir essas<br />

câmaras, descrevendo-as em 1956 (p.486). Estas podem estar isola<strong>das</strong> ou<br />

agrupa<strong>das</strong> e sua localização é variável. Até agora, essas celas de aprisionamento<br />

não foram descobertas na tribo Meliponini, mas nessas <strong>abelhas</strong> pode haver no<br />

ninho esconderijos de rainhas virgens,

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