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Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão - WebBee

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A TRANSFERÊNCIA PARA A NOVA COLMEIA E ALGUNS CUIDADOS ESPECIAIS<br />

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se for de tamanho mediano, 2 quadros de aumento sobrepostos, ao invés de um só.<br />

Essa, porém, deve ser apenas uma medida provisória, pois uma gaveta com 2<br />

quadros de aumento fica com demasiados potes sobrepostos. A colmeia deixa,<br />

nesse caso, de ser de uso racional, pois a colheita de mel ficaria difícil.<br />

H- Em relação às espécies de MIRIM {Plebeia spp), à IRAI (Nannotrigona<br />

testaceicornis), à JATAÍ (Tetragonisca angustula), às MARMELADAS ou à<br />

BREU e afins (Frieseomelitta spp), geralmente não há problemas na transferência<br />

de potes de polem, se a colônia estiver forte e se esses potes estiverem pouco<br />

rompidos ou pouco abertos. Nos ninhos de URUÇUS, TIÚBAS, MANDURIS,<br />

MANDAÇAIAS, JANDAÍRAS e outras <strong>abelhas</strong> grandes ou médias da tribo<br />

Meliponini, quando a colônia está forte também não há maiores problemas na<br />

transferência dos potes de samora/saburá (polem) que estiverem em bom estado,<br />

ou seja, não rompidos ou não abertos. Contudo, no que se refere às BORÁS<br />

{Tetragona spp), ao MOMBUCÃO (Cephalotrigona capitata), às CAGA-FOGOS<br />

(Oxytrigona spp) e às MANDAGUARIS, CANUDOS, TUBIBAS (Scaptotrigona<br />

spp), é preciso o maior cuidado, diria mesmo extremo cuidado. Nessas espécies<br />

mais sensíveis aos Forídeos, ou são transferidos somente potes de polem <strong>sem</strong> a<br />

menor abertura ou rachadura, ou é melhor não transferir polem nenhum. Se esse<br />

cuidado não for tomado, logo as larvas dos Forídeos destruirão a colônia.<br />

Mariano-Filho (1910 p.18) sugeriu não transportar para a nova colmeia ..."com o<br />

mel, os potes de polem (samora)". Referia-se a to<strong>das</strong> as <strong>abelhas</strong> indígenas. A meu<br />

ver, no caso <strong>das</strong> espécies acima referi<strong>das</strong>, cujos potes de polem são mais atacados<br />

pelas larvas de Forídeos, todo o polem (samora ou saburá) visível externamente,<br />

deve ser eliminado do conjunto de potes a ser transferido de colmeia. Consegue-se<br />

isso com certa facilidade utilizando-se uma mangueira de regar jardim, com um<br />

esguicho na ponta. Um jato d'água remove logo o polem armazenado nos potes<br />

abertos (Figura 15-E). Quando um pote está apenas um pouco danificado, é<br />

necessário abri-lo mais, para que o jato d'água remova o polem que está no seu<br />

interior. Antes dessa operação é necessário retirar as <strong>abelhas</strong> que estão no<br />

conjunto de potes que vai ser lavado. Essas <strong>abelhas</strong> devem ser postas numa<br />

garrafa de plástico e depois coloca<strong>das</strong> na nova colmeia.<br />

Uma solução melhor, visando reaproveitar o polem, quando for possível, foi<br />

indicada por João Batista Vicentim Aguillar (1986 p.24): "não é aconselhável<br />

devolver (à colônia) potes de polem abertos: estes devem ser guardados na<br />

geladeira, dentro de um vidro com tampa". O referido autor escreveu<br />

também:...."pode-se dar pequenas quantidades deste polem à abelha, verificando<br />

diariamente se este foi consumido ou guardado em potes". A meu ver somente<br />

colônias fortes, já bem estabeleci<strong>das</strong> nas respectivas colmeias, poderiam receber<br />

de volta uma quantidade razoável de potes de polem, mas também sob vigilância,<br />

até passar o perigo de ataque por larvas de Forídeos.

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