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fundamentos de física iii fundamentos de física iii - Departamento de ...

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indicar o comportamento do corpo ao ser eletrizado, como foi sugerido por<br />

Benjamin Franklin.<br />

O núcleo do átomo tem carga positiva e representa o número <strong>de</strong> prótons<br />

nele existente. Em um átomo neutro, a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prótons e elétrons são<br />

iguais. Da igualda<strong>de</strong> numérica entre prótons e elétrons, <strong>de</strong>corre que a carga<br />

elétrica total do átomo em seu estado natural é nula (o átomo em seu estado<br />

natural é neutro).<br />

A transferência <strong>de</strong> elétrons <strong>de</strong> um corpo para outro explica o aparecimento<br />

<strong>de</strong> carga elétrica em corpos <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> serem atritados. Quando dois corpos são<br />

atritados, um <strong>de</strong>les per<strong>de</strong> elétrons para o outro; o primeiro torna-se, então,<br />

eletricamente positivo, enquanto que o outro, torna-se eletricamente negativo. A<br />

experiência mostra que a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ganhar ou <strong>de</strong> per<strong>de</strong>r elétrons <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da<br />

natureza dos materiais.<br />

2) Carga elementar : existe uma carga mínima. Até hoje nunca foi<br />

observado experimentalmente um corpo que tenha carga elétrica menor<br />

que a do elétron, representada por e . Somente foram observados corpos<br />

com cargas que são múltiplos inteiros <strong>de</strong> e .<br />

O caráter discreto da carga elétrica se manifesta principalmente em<br />

sistemas cuja carga total correspon<strong>de</strong> a poucas unida<strong>de</strong>s da carga elementar. O<br />

fato <strong>de</strong> nenhum experimento ter revelado a existência <strong>de</strong> um corpo que tenha<br />

carga elétrica menor que a <strong>de</strong> um elétron, permite dizer que a carga elétrica é<br />

quantizada, isto é, existe em quanta (quantum, em grego, significa pedaço).<br />

Por isso, no eletromagnetismo clássico, é difícil perceber este aspecto da carga<br />

elementar. Mas é fácil enten<strong>de</strong>r porque. A resposta tem a ver com outro aspecto<br />

fundamental da compreensão dos fenômenos físicos: as or<strong>de</strong>ns <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>za.<br />

existência do elétron. Somente no século XX, com a <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong>ssa partícula<br />

elementar e a medida <strong>de</strong> sua carga, é que foi possível calcular a equivalência entre<br />

a carga do elétron e e o Coulomb, C .<br />

18<br />

Um Coulomb correspon<strong>de</strong> a 6 ,25× 10 elétrons em excesso (se a carga for<br />

negativa) ou em falta (se for positiva). Na eletrostática geralmente lidamos com<br />

cargas elétricas muito menores do que um Coulomb. Vamos ver com frequência as<br />

−<br />

unida<strong>de</strong>s milicoulomb -- mC(10 3 C)<br />

-- ou o microcoulomb -- µ C(10 −6<br />

C)<br />

. Mesmo<br />

assim elas ainda representam um número enorme <strong>de</strong> cargas elementares. A carga<br />

do elétron, medida em Coulomb, é:<br />

−19<br />

e = 1,60× 10 C .<br />

EXEMPLO 1.1<br />

Quantos elétrons há em uma gota <strong>de</strong> água <strong>de</strong> massa 0,03g?<br />

Solução:<br />

Uma molécula <strong>de</strong> água ( H<br />

20)<br />

tem uma massa<br />

elétrons. Uma gota <strong>de</strong> água contém n = m/<br />

m moléculas, ou:<br />

Logo, a gota terá<br />

22<br />

10 elétrons.<br />

n =<br />

m<br />

m<br />

o<br />

o<br />

21<br />

= 10<br />

moléculas<br />

1.2.2 CONSERVAÇÃO E QUANTIZAÇÃO DA CARGA ELÉTRICA<br />

−23<br />

mo<br />

= 3×<br />

10 g e contém 10<br />

Se um corpo está carregado eletricamente, positiva ou negativamente, o<br />

valor <strong>de</strong> sua carga Q será um múltiplo inteiro da carga <strong>de</strong> um elétron<br />

Q = n e,<br />

n = 0 , ± 1, ± 2, ± 3 ...<br />

Por isso faz sentido tratar distribuições <strong>de</strong> cargas macroscópicas como se fossem<br />

contínuas, como faremos nas aulas seguintes. Vamos firmar esse idéia com um<br />

exemplo.<br />

Os átomos que constituem os corpos são normalmente neutros, ou seja, o<br />

número <strong>de</strong> cargas positivas é igual ao número <strong>de</strong> cargas negativas. Entretanto, por<br />

algum processo, os corpos po<strong>de</strong>m adquirir ou per<strong>de</strong>r carga elétrica, como por<br />

exemplo, atritando um bastão <strong>de</strong> plástico com um pedaço <strong>de</strong> flanela. Entretanto,<br />

quando ocorre uma interação elétrica entre dois corpos, a carga total <strong>de</strong>les se<br />

mantém constante. Além disso, em todos os casos, a carga elétrica <strong>de</strong> um<br />

sistema isolado é sempre constante.<br />

No Sistema Internacional (SI) a unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carga eletrica é 1<br />

Coulomb. Quando essa unida<strong>de</strong> foi <strong>de</strong>finida, no século XVIII, não se conhecia a<br />

19<br />

Se o bastão ficar carregado positivamente é porque ele per<strong>de</strong>u elétrons.<br />

Para que isso ocorra, a flanela <strong>de</strong>ve ter recebido os elétrons do bastão. Observe<br />

20

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